O Banco Central decidiu tomar providências após o dólar bater recordes nesta terça-feira (26). O BC anunciou leilão extra para vender a moeda à vista. A operação aconteceu entre às 11h03 e às 11h08 e não foram divulgadas as quantidades ofertadas.
De acordo com o Banco Central, a taxa de corte do leilão foi de R$ 4,2320. Antes dessa operação, o BC também promoveu a venda à vista de dólares e de swap cambial reverso, que corresponde a venda de dólar no mercado futuro.
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Depois da ação feita pelo Banco Central, o dólar diminuiu para R$ 4,24. Antes, a moeda chegou a atingir R$ 4,2694 no mercado à vista e R$ 4,270 no contrato futuro de dezembro.
Na última segunda-feira (25), o dólar fechou o dia em uma máxima histórica de R$ 4,2145. Este foi o maior valor já registrado desde o início do Plano Real. O ministro Paulo Guedes, então, disse, em entrevista, que não estava preocupado com a alta da moeda norte-americana e que era “bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.
Guedes reiterou sua fala afirmando que “quando você tem um fiscal forte e um juro mais baixo, o câmbio de equilíbrio também é mais alto”. Vale ressaltar que na última semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que se o patamar da moeda norte-americana pressionar os preços, o Banco Central deverá atuar na taxa de juros e não via câmbio.
Opinião de Bolsonaro
Durante a manhã desta terça-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que “há prós e contras” com a alta histórica do dólar. “Se você for analisar na ponta da linha, tem vantagens, prós e contra no dólar a R$ 4,21 como está agora”, disse o presidente à imprensa.
“Espero que caia (a cotação da moeda), torço, assim como torço para que caia a taxa Selic, torço para que aumente a nossa credibilidade junto ao mundo”, reiterou Bolsonaro com uma opinião próxima a do presidente do Banco Central, em relação ao câmbio.