O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou nesta segunda-feira (1) que novas medidas serão tomadas pela instituição monetária central para que o crédito posso chegar às empresas.
A declaração do presidente do Banco Central foi realizada em uma audiência pública no Senado Federal. Roberto Campos Neto salientou que o objetivo do BC é estender o crédito para mais empresas e fazer com que ele dure mais tempo.
Segundo o presidente do BC, será necessário ajustar algumas das medidas que já foram implantadas, para que elas se tornem mais eficientes. Até o momento, foram emprestados somente R$ 1,9 bilhão dos R$ 40 bilhões que poderiam ter sido liberados nos últimos dois meses.
Durante a audiência, Campos Neto explicou que antes de dar inicio às medidas e programas que ajudariam as empresas no país, o Banco Central havia entendido que a grande maioria de empréstimos seria para empresas de menor porte, fazendo com que as que possuem maiores lucros, ficassem de fora do suporte do governo. Uma suposição que se provou errada.
Desde o início do combate ao covid-19, o Banco Central criou o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, buscando diminuir o caos causado pelo vírus. O programa buscava inicialmente a disponibilização de crédito para o financiamento de dois meses de folha de pagamento de pequenas e médias empresas. Porém, sofrerá as seguintes mudanças:
- Inclusão de empresas com lucro bruto anual do ano passado entre R$10 milhões e R$50 milhões
- Extensão do programa por mais dois meses
- Concessão de financiamento para empresas com um 50% dos postos de trabalho ainda ativos
Banco Central salienta preocupações
Na mesma audiência desta segunda, Campos Neto afirmou que a falta de dinheiro não é uma preocupação, já que o país se encontra dentro da margem de segurança do BC. Segundo o presidente, a grande maioria das pessoas que rapidamente sacaram o auxílio do governo, escolheram gastar o menos possível e guardar o resto.
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Tal comportamento das pessoas faz com que o dinheiro não entre em circulação imediatamente, se não que ao longo dos próximos meses, dando assim a capacidade ao Banco Central de aumentar a produção de cédulas.
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