Banco Central: Educação financeira pode diminuir uso do cheque especial

De acordo com Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central (BC), a propagação da educação financeira no Brasil poderá diminuir o uso do cheque especial pelos clientes das instituições bancárias.

Campos Neto participou, nesta segunda-feira (18), em um café da manhã com representantes de fintechs na sede do Banco Central, em São Paulo.

A apresentação realizada pelo presidente da instituição monetária central do País disse que “no cheque especial, a educação financeira é chave”. De acordo com os dados apresentados, a educação financeira pode mitigar o uso do cheque especial de duas formas:

  • entendimento do funcionamento da linha
  • capacidade de escolha dos instrumentos mais adequados às necessidades do cliente

Campos Neto afirmou nas últimas semanas que o BC deve apresentar “em breve” alterações no funcionamento do cheque especial. De acordo com a proposta do Banco Central, o cliente somente teria acesso ao cheque especial caso seja solicitado. A taxa anual de juros, em setembro, foi de 307,6%.

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A relevância da educação financeira também tem sido salientada por Campos Neto e pelos diretores do BC. O presidente, na semana retrasada, afirmou que os bancos realizarão um “mutirão” para a renegociação de dívidas, abrindo aos sábados. “O que vai ser pedido em troca é que [o cliente] faça um curso de educação financeira”, afirmou.

Banco Central salienta a falta de educação financeira

Campos Neto declarou no dia 8 de novembro que o Brasil tem um “problema grave de educação financeira”. Segundo ele, a instituição monetária está trabalhando para melhorar essa condição, pois isso geraria vantagens para a economia como um todo.

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“O Brasil tem um nível de educação financeira ainda menor do que o nível de educação geral, que já é muito baixo. Essa é uma questão que devemos melhorar, pois é fundamental para o desenvolvimento da economia como um todo”, declarou o presidente.

Campos Neto reforçou como esse baixo nível de educação financeira é prejudicial especialmente para as camadas mais baixas da população brasileira.

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“O crédito no Brasil acaba se tornando um produto regressivo. Isso pois as pessoas que mais utilizam os produtos creditícios mais caros, como o cheque especial, têm, em grade maioria, nível médio de educação e rende de até dois salários mínimos”, salientou o presidente do Banco Central, “é óbvio que os cidadãos com essas características que tomam crédito com taxas de juros de 340% ao ano acabam quebrando. Não tem como pagar”.

Jader Lazarini

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