Banco Central divulga estatísticas monetárias e de crédito do 3° trimestre

O Banco Central divulgou nesta sexta-feira (25) as estatísticas monetária e de crédito do terceiro trimestre deste ano. O crédito ampliando atingiu em setembro 142,2% do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB). Valor equivalente a R$ 10 trilhões.

Em comparação de base anual, mesmo período no ano passado, o Banco Central informou que corresponde a um aumento de 3,7% no trimestre. Por sua vez, no mês a alta foi de 1,3%.

De acordo com a instituição, os destaques do mês de setembro foram:

  • títulos de dívida (+2,7%)
  • empréstimos e financiamentos (+1%)
  • divida externa (-0,8)

Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 9,1%, devido aos seguintes destaques:

  • títulos de dívida (+13,3%)
  • dívida externa (+6,4%
  • empréstimos e financiamentos (+5,9%)

O crédito ampliado a empresas e famílias totalizou R$ 5,6 trilhões (79,2% do PIB). Em setembro, as principais contribuições para o crescimento foram o crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) (+1,1%) e os títulos privados (+3,1%).

Operações de crédito do SFN

De acordo com o Banco Central, o saldo das operações de crédito do SFN somaram R$ 3,4 trilhões no mês de setembro, com expansão de 1%, semelhante ao resultado nas carteiras de pessoas físicas (+1,0%) e jurídicas (+1,1%).

Na comparação em doze meses, o crescimento atingiu 5,8% , superior ao registrado no mês de agosto 5,2%, com expansão de 11,3% na carteira das famílias e queda de 0,9% no crédito às empresas.

Confira Também: Banco Central: IBC-Br sobe 0,7% em agosto em comparação a julho

O crédito livre para pessoas jurídicas somou R$ 847 bilhões. Destaques para:

  • aumento sazonais em desconto de duplicatas
  • recebíveis
  • antecipação de faturas de cartão
  • expansões em aquisição de veículo
  • adiantamento sobre contratos de câmbio

O crédito direcionado para pessoas físicas somaram R$ 880 bilhões, com crescimentos nas modalidades rurais e imobiliário. Por sua vez, a carteira de pessoas jurídicas prossegue tendência de retração, totalizando R$ 583 bilhões em setembro.

O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 20,2 ponto percentual, que da de 0,5 p.p mês. No crédito livre, a taxa média de juros das concessões alcançou 36,9% a.a. Nas operações famílias, o custo médio atingiu 1,3%.

Por sua vez, excluindo as operações rotativas, a taxa de juros do crédito livre situou-se em 27,2%.

Base monetária

A base monetária atingiu R$281,1 bilhões em setembro, redução de 0,5% no mês e elevação de 0,6% em doze meses. No mês, houve queda de 18,3% nas reservas bancárias e acréscimo de 2,9% no papel-moeda emitido.

Os itens que contribuíram para o impacto na base monetária foram:

  • operações do setor externo
  • vendas à vista de moedas estrangeiras
  • operações do Tesouro Nacional

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Segundo o Banco Central, os meios de pagamento restritos (M2) alcançou R$2,9 trilhões, com variação de +1,4% no mês, resultado dos aumentos de 1,2% no saldo dos títulos emitidos por instituições financeiras (R$1,7 trilhão) e de 1,4% nos depósitos de poupança (R$821,3 bilhões).

Poliana Santos

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