O Banco Central da Argentina reduziu na última quinta-feira (19) sua taxa de juros básica de 63% para 58%. Essa é uma das maneiras do novo governo em tentar estimular o crescimento econômico no país.
“A taxa de juros de referência estava em um nível inadequado e potencialmente inconsistente com as perspectivas de evolução nominal das variáveis econômicas relevantes”, informou o BC da Argentina em comunicado.
O país passa por uma elevada crise financeira que o novo mandatário, Alberto Fernández, pretende enfrentar fomentando a economia mas sem descuidar do equilíbrio fiscal, o que fomentaria a inflação que deve terminar este ano acima de 50%.
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Os altos juros referencias eram a maneira como a gestão anterior da autoridade monetária do país, que deixou a entidade há 10 dias, tinha de lidar com o aumento dos preços, contendo o consumo.
Argentina quer renegociar dívidas a partir de março
De acordo com Santiago Cafiero, chefe de gabinete do presidente Alberto Fernández, a Argentina tem até março para renegociar aproximadamente US$ 100 bilhões de dólares. Dentre os credores estão detentores de bônus de títulos públicos e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
“O time econômico está negociando”, afirmou Cafiero no último domingo (15) ao jornal “La Nación”. “Temos que tentar resolver as questões da dívida para que, fundamentalmente, se encaixem dentro de um programa macroeconômico sustentável”.
Além disso, o chefe de gabinete revelou que o novo ministro da Economia, Martín Guzmán, deve viajar aos Estados Unidos para reuniões com credores antes do final do ano.
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Cafiero disse ao jornal argentino que o governo pretende impor, nesta segunda-feira (16), uma taxação de 20% sobre bens e serviços comprados em dólares norte-americanos.
A iniciativa objetiva estabilizar a moeda local, que perdeu mais de 80% do seu valor ao longo dos últimos quatro anos, ajudando a levar a inflação da Argentina.
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