Banco Central: Crédito bancário aumentou 1,2% no 1º semestre de 2019

O Banco Central (BC) informou nesta sexta-feira (26) que o crédito bancário subiu 1,2% no primeiro semestre deste ano e chegou a R$ 3,29 trilhões.

Conforme divulgado pelo Banco Central, o saldo das operações com pessoas físicas registraram alta de 4,5% no primeiro semestre, somando R$ 1,87 trilhão. Por outro lado, as operações com empresas diminuíram 2,9% e contabilizaram R$ 1,42 trilhão no período.

“Esse aumento da massa salarial é a fonte do aumento do crédito para as famílias”, explicou o chefe de estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha.

O volume total de crédito encerrou o primeiro semestre de 2019 correspondendo a 47,2% do Produto Interno Bruto (PIB). No último semestre de 2018 o valor era equivalente a 47,7% do PIB. Entretanto, o volume de crédito apresentou alta de 5,1% no decorrer dos últimos 12 meses.

Juros do cartão de crédito

A instituição divulgou ainda uma elevação nas taxas de juros médias para os cartões de crédito. Conforme o BC, as taxas equivalem a mais de 300% ao ano, em média. Em maio, o valor indicado era 299,8%.

Em comparação ao final de 2018, as taxas, que eram de 285,4% em dezembro, subiram 14,7 pontos percentuais.

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A instituição informou que o aumento é motivado pela estabilidade da taxa básica de juros do Brasil, estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa taxa segue inalterada desde março de 2018, em 6,5% ao ano.

A taxa de inadimplência não sofreu muita alteração. No final do ano passado, a taxa era de 3,2%, em junho deste ano o valor passou para 3,3%.

Projeção para o crescimento de crédito

O Ministério da Economia informou na última semana que o crescimento do crédito em 2019 e 2020 deve ser moderado. Dessa forma, o ritmo mais intenso deve começar apenas em 2021.

Saiba mais: Governo projeta crescimento modesto para o crédito em 2019 e 2020

A Secretaria de Política Econômica do governo estima que o crescimento médio de crédito seja de 4,9%. Em 2020, a projeção indica uma alta do estoque de financiamentos bancários de 4,5%.

Essas previsões são inclusas na “grade de parâmetros” orçamentários. A grade consiste em um documento elaborado bimestralmente para subsidiar as projeções de arrecadação pela Receita Federal. Além disso, essa grade contribui para elabora a previsão de despesas de outras áreas do governo.

No último mês, o Banco Central reduziu a previsão de crescimento do crédito bancário para 6,5% em 2019.

Giovanna Oliveira

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