Banco central da China anuncia nova reforma da taxa de juros

O banco central da China anunciou neste sábado (17) o novo projeto de reforma da taxa de juros.

O intuito da reforma é diminuir os custos de financiamento para companhias chinesas que estão apresentando resultados ruins. A medida já era esperada por conta dos reflexos da guerra comercial na economia da China.

As pequenas empresas são o alvo do Banco do Povo da China, pois foram as mais afetadas com as complicações econômicas do país. Para essas empresas, o acesso ao financiamento é limitado, o que não ocorre nas estatais, por exemplo.

Os empréstimos bancários que já estão em vigor não serão afetados pelas novas taxas.

Reforma na taxa de juros

O BC chinês explicou que as taxas de juros de referência serão substituídas pelas taxas de empréstimos oferecidos pelos bancos comerciais do país aos seus clientes.

O custo de empréstimo dos bancos é chamado de “taxa de empréstimo prime (LPR, da sigla em inglês)”.

As instituições financeiras deverão enviar suas taxas de empréstimo para o banco central chinês todos os meses. Assim, o BC poderá estabelecer uma média entre os custos e obter o valor do LPR.

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Para obter a média, o banco central considerará 18 instituições financeiras do país.

Além disso, haverá uma taxa média de juros de cinco anos para ser utilizada em casos de empréstimos a longo prazo dos bancos.

Resultados ruins para a economia da China

Como consequência da guerra comercial com os Estados Unidos, o crescimento da produção industrial chinesa desacelerou para 4,8% em julho ante o mesmo período de 2018.

A disputa comercial com os norte-americanos impacta sobre as empresas e consumidores da China. Mesmo após uma série de medidas do governo no último ano, a atividade industrial do país asiático continua a esfriar.

Saiba mais: China: crescimento da indústria tem pior resultado em 17 anos

Larry Hu, diretor do Macquarie Group, um banco de investimentos da Austrália, disse que “a economia da China precisa de mais estímulo porque os obstáculos são bastante fortes e os dados de hoje são muito mais fracos do que o consenso”.

Giovanna Oliveira

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