A Justiça mandou bloquear R$ 62,6 milhões das contas do ex-presidente Michel Temer, liberado da prisão nesta segunda (25). O bloqueio foi ordenado junto do seu mandado de prisão na última quinta (21) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio.
Marcelo Bretas tomou a medida para garantir eventual reparação de danos que poderiam ter sido causados aos cofres públicos pelo esquema criminoso envolvendo Michel Temer.
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O Banco Central bloqueou pelo menos R$ 8,2 milhões de três contas do ex-presidente, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Em uma delas havia R$ 8,234 milhões, na outra, R$ 4,9 mil e, na terceira, R$ 799,08.
Outros nove presos na operação Descontaminação, desdobramento da Lava Jato, foram alvo de bloqueios.
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O ex-presidente foi liberado nesta segunda-feira (25) pela Justiça do Rio de Janeiro. A decisão foi do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2). Ele deixou a sede da Polícia Federal no Rio no início desta noite.
Athié é relator do habeas corpus apresentado pelos advogados de Temer. Os defensores do ex-presidente da República contestam o decreto de prisão do juiz Marcelo Bretas.
O juiz da 7ª Vara Federal do Rio, responsável pela Operação Lava Jato, ordenou a prisão preventiva do ex-presidente na última quinta-feira (21).
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A decisão do juiz Athié também inclui a liberdade do ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, do coronel Lima, apontado como operador financeiro de Temer, e outros cinco alvos da Lava Jato:
- Maria Rita Fratezi, esposa do coronel Lima
- Carlos Alberto Costa
- Carlos Alberto Costa Filho
- Vanderlei Di Natalie
- Carlos Alberto Montenegro Gallo
O juiz do TRF2 havia pedido que o caso de Temer fosse incluído na pauta de julgamento do tribunal na próxima quarta-feira. Nessa ocasião o habeas corpus teria sido analisado de forma colegiada. Entretanto, ele decidiu antecipar e acatar o pedido de liberdade.
Temer foi preso no âmbito da Operação Descontaminação, um desdobramento da operação Lava Jato. O ex-presidente está sob investigação sobre as supostas propinas de R$ 1 milhão recebidas da Engevix. Também foram detidos preventivamente o ex-ministro Moreira Franco e outras 8 pessoas. Todos são acusados de intermediar as vantagens indevidas ao ex-presidente.