O balanço do Banco Central (BC) em 2020 foi aprovado nesta quinta-feira (25) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A autoridade monetária teve resultado positivo de R$ 469,61 bilhões no ano passado.
Em contrapartida, o resultado do Banco Central no segundo semestre do ano passado foi negativo em R$ 33,61 bilhões, compensado por um resultado positivo de R$ 503,22 bilhões na primeira metade do ano.
Do resultado dos primeiros seis meses do ano passado, o saldo positivo com reservas e derivativos cambiais (R$ 478,5 bilhões) foi destinado à reserva de resultados no Patrimônio Líquido da autarquia e o resultado com as demais operações (R$ 24,75 bilhões) foi transferido ao Tesouro Nacional em agosto.
Já o resultado negativo auferido no segundo semestre foi integralmente coberto pela reserva de resultados do BC.
Além disso, em agosto houve a transferência de R$ 325 bilhões do resultado cambial do BC ao Tesouro, para ajudar no pagamento da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DMPFi). Frente a isso, a posição atual da reserva de resultados da autarquia é positiva em R$ 164,911 bilhões.
Em relação à aprovação do balanço pela CMN, a autoridade monetária central disse que “a empresa de auditoria independente manifestou-se com parecer sobre as demonstrações financeiras de 2020 sem qualquer ressalva”.
A Autonomia do Banco Central
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou na última quarta-feira (24) o sancionamento da lei que garante a autonomia do Banco Central
Com a mudança, o BC do Brasil se torna mais parecido com os banco centrais de outros países, como Estados Unidos, México, Reino Unido e também da União Europeia (UE).
“A literatura econômica e a experiência internacional mostram que a autonomia do banco central está associada a uma inflação mais baixa e menos volátil, sem prejuízos ao crescimento econômico”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto na cerimônia de sanção da lei de autonomia do Banco Central.
Com informações do Estadão Conteúdo.