Banco Central do Chile fará intervenção no câmbio com US$ 25 bilhões
O Banco Central do Chile anunciou um programa de intervenção no mercado de câmbio, com objetivo de ampliar a liquidez e conter a recente desvalorização do peso chileno ante o dólar.
Em comunicado, ao Banco Central chileno informou que, entre a próxima segunda , 18, e 30 de setembro deste ano, pretende vender dólar à vista em um montante de até US$ 10 bilhões.
A instituição também implementará um instrumento de hedge cambial totalizando o mesmo valor. Em paralelo, o BC chileno considera apropriado adotar um programa de swap de até US$ 5 bilhões.
A divisa do país latino-americano tem sido particularmente penalizada pela queda do cobre no mercado internacional, uma vez que o Chile é o principal exportador da commodity no mundo.
O aperto monetário agressivo nos Estados Unidos, diante do avanço da inflação, também compõe contribui para o movimento.
Banco Central do Chile eleva juros em 0,75 p.p.
O Banco Central do Chile elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, de 9,00% para 9,75% ao ano, informou a instituição. É o maior nível em 24 anos.
A decisão foi unânime entre os membros do Conselho, que observaram que, para que a inflação caía para a meta de 3% em até dois anos, serão necessários ajustes adicionais nos juros básicos.
Na última decisão, um aumento de 75 pontos base já havia sido efetuado.
Em comunicado, o BC chileno destaca que a inflação global continuou a subir e os bancos centrais continuaram a aumentar as taxas de referência, ou sinalizam um aumento mais rápido.
“O Federal Reserve (Fed) se destaca, surpreendendo com um aumento acima do esperado e anunciou que as altas continuarão até que a inflação seja controlada”, diz o documento.
“As condições financeiras ficaram mais apertadas tanto para as economias desenvolvidas quanto para as emergentes, com destaque para as quedas nos mercados de ações e uma valorização global do dólar”, avalia a autoridade.
“As expectativas de crescimento mundial se deterioraram. Por sua vez, os preços das commodities caíram mais do que o esperado, em grande parte devido aos temores de uma recessão global. Destaca-se a queda dos preços dos alimentos, onde também foram acrescentadas algumas notícias favoráveis do lado da oferta”, afirma o banco central.
O Conselho de Dirigentes garantiu que se manterá atento à evolução da inflação e suas determinantes. A próxima reunião está marcada para o dia 6 de setembro.
Com informações do Estadão Conteúdo