Banco Central: é preciso cautela com inflação diante de mudanças na oferta global

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que é preciso ter cautela com a inflação em um momento de mudanças na oferta global que tornam as pressões inflacionárias mais persistentes.

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O comentário está na apresentação divulgada pelo Banco Central de sua palestra na Câmara de Comércio Brasil-EUA, em Miami, na Flórida (EUA), chamada “O caminho para redução da inflação é não-linear.”

Foi um evento fechado à imprensa. Além do cuidado com a inflação, Campos Neto citou a necessidade de que o arcabouço fiscal tenha limites e que sejam feitas políticas para fortalecer o lado da oferta.

Em relação à oferta, o presidente do Banco Central ressaltou na apresentação que os fatores que a faziam mais “adaptável” não existem mais. “Mudanças estão em curso e aceleradas”, disse, citando uma distribuição desigual dos benefícios da globalização, “ventos contrários” da demografia e alterações estruturais no mercado de trabalho, além das mudanças climáticas e da transição verde.

Na sequência, o documento traz a pergunta: “O que pode ser feito?”. E as respostas dadas por Campos Neto são cuidado com a inflação, limites para o arcabouço fiscal e políticas para fortalecer o lado da oferta.

Em relação ao cenário fiscal, o presidente do Banco Central disse que assegurar a credibilidade é crucial e que reformas estruturais são necessárias para aumentar a credibilidade.

Sobre políticas para o lado da oferta da economia, Campos Neto citou a necessidade de manter a cooperação global e de ter melhores ferramentas de globalização.

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Poupança teve segunda maior retirada em setembro, de R$ 5,9 bilhões, mostra BC

Os saques da caderneta de poupança superaram os aportes em R$ 5,902 bilhões no acumulado do mês de setembro, conforme dados do Banco Central (BC).

Esses saques da poupança mostram a segunda maior retirada para o mês em questão, ficando atrás somente do saldo negativo de R$ 7,719 bilhões em setembro do ano passado.

O ano de 2022 tem mostrado um quadro de fortes retiradas da caderneta. Em agosto, as retiradas líquidas já haviam sido R$ 22,015 bilhões, o maior valor em um único mês da história.

No acumulado do ano até setembro, segundo dados da Banco Central, a poupança tem saldo negativo de R$ 91,070 bilhões, volume que supera o ano todo de 2015, que, até hoje, teve a maior retirada anual da série histórica (-R$ 53,567 bilhões). Em 2022, somente o mês de maio registrou depósitos líquidos, de R$ 3,514 bilhões.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Ana Clara Macedo

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