A primeira autorização para a participação estrangeira em um banco foi concedida nesta sexta-feira (11) pelo Banco Central (BC). O Banco XCMG Brasil, de propriedade chinesa, será o primeiro a poder operar no Brasil.
A diretoria colegiada do Banco Central aprovou o reconhecimento de interesse do governo brasileiro a participação estrangeira no capital
do Banco XCMG Brasil.
Esse foi o primeiro caso de autorização de participação estrangeira após a edição do Decreto nº 10.029. O text transferiu da Presidência da República para o Banco Central esse tipo de análise.
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“Atendidos os requisitos previstos na regulamentação, a participação de recursos estrangeiros no capital de instituições financeiras nacionais, além de favorecer o acesso a fontes externas de financiamento e a integração com a comunidade internacional, permite o ingresso de novos entrantes, ampliando a concorrência e atuando no sentido da redução do custo do crédito”, informou o BC em nota.
O Banco XCMG está sendo criado pelo grupo chinês Xuzhou Construction Machinery Group. A empresa asiática atua na fabricação de máquinas pesadas.
A sede do banco será em Pouso Alegre (MG) e seu capital inicial de R$ 60 milhões. Segundo os documentos enviados ao Banco Central, o Banco XCMG quer a autorização para operar carteiras de
- investimento
- financiamento
- crédito
- arrendamento mercantil
Banco Central inova em suas operações
Além das novidades introduzidas com o Decreto nº 10.029, o Banco Central está desenvolvendo um sistema de pagamentos instantâneos que irá substituir os TED e DOC. A plataforma, que ainda está está em desenvolvimento, pretende extinguir as duas formas de pagamento vigentes, conectando bancos, empresas e pessoas sem intermediários.
O BC explicou as particularidades do projeto. Um dos principais pontos é uso da tecnologia inerente às criptomoedas, o blockchain, como infraestrutura.
Essa não é a primeira vez que vemos um órgão público utilizando essa tecnologia. Desde o ano passado, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), trabalha em uma ferramenta via blockchain, o BNDESToken, com o objetivo de proporcionar mais transparência nas suas operações financeiras.
A ferramenta do BC proporcionará pagamentos instantâneos e um maior uso por parte dos clientes, uma vez que os sistemas atuais são caros e demorados. A plataforma do Banco Central funcionará 24 horas por dia.