Banco do Brasil (BBAS3): Lula pede agilidade na agenda de crédito para pobres e PMEs

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu mais agilidade na agenda de crédito e expansão dos empréstimos para pequenas e médias empresas, além da população de baixa renda, em uma reunião com os presidentes de cinco bancos federais (Banco do Brasil (BBAS3), Caixa, BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste) na última sexta-feira (8).

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Na reunião, após a divulgação do balanço das instituições financeiras, o presidente Lula enfatizou que quer os bancos públicos trabalhando juntos para estimular o crédito, a fim de sustentar o crescimento do PIB neste ano após um aumento de 2,9% em 2023. 

Segundo o Valor Econômico, Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), destacou a importância do alinhamento entre os bancos públicos, ressaltando que o presidente Lula enfatizou a necessidade de manter o banco forte e cuidar do crédito. 

Durante a reunião, foram discutidas informações sobre o crédito para a agricultura familiar, agronegócio e o programa Minha Casa, Minha Vida. Medeiros também aproveitou para valorizar o desempenho do banco no ano anterior.

“Levamos um pouco do que a gente fez, do resultado que tivemos. As ações do banco se valorizaram quase 80% no ano”, afirmou Medeiros. 

O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 9,4 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23). No acumulado de 2023, o lucro líquido foi recorde, somando R$ 33,8 bilhões, com crescimento de 8,7% comparado a 2022. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o resultado do Banco do Brasil subiu 7,5%.

Banco do Brasil: lucro cresce 4,8% no 4T23

O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de R$ 9,4 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), conforme mencionado.

resultado do Banco do Brasil mostra um crescimento de 4,8% na comparação com o quarto trimestre de 2022 (4T22), assim como um aumento de 7,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado (3T23).

resultado do BB foi impulsionado pelas margens, que equivalem à receita do banco com operações que rendem juros. Uma das alavancas do indicador foi o resultado do Banco Patagonia, controlado pelo banco na Argentina, que teve números mais altos diante do efeito da variação cambial sobre os títulos atrelados ao dólar, em um período de maxidesvalorização do peso argentino. Também houve efeito do crescimento da carteira de crédito do banco.

O banco conseguiu manter inadimplência abaixo dos principais pares do setor privado graças ao menor risco da carteira de crédito, que também cresceu acima da concorrência. Como resultado, observou forte ampliação das receitas.

O BB encerrou o trimestre com R$ 2,172 trilhões em ativos, um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado, mas uma baixa de 3,4% em três meses. O patrimônio líquido ficou em R$ 173,076 bilhões, alta de 5,5% em um ano. Conforme aponta o balanço do Banco do Brasil, o Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) chegou a 22,5% no 4T23.

carteira do BB cresceu 10,3% em um ano, para R$ 1,108 trilhão. As operações que mais cresceram foram as destinadas ao agronegócio, com alta de 14,7% no mesmo período. Cerca de um terço da carteira da instituição é destinada ao agronegócio, segmento que historicamente tem inadimplência mais baixa.

A inadimplência da carteira em dezembro era de 2,9%, pelo critério de atrasos acima de 90 dias, alta de 0,3 ponto porcentual em um ano, e de 0,1 ponto em três meses. Entre os quatro maiores bancos listados do País, foi um dos mais baixos índices.

Um dos fatores que impactaram positivamente o resultado do BB no 4T23 foi o “bom desempenho comercial”, assim como o crescimento das carteiras de crédito e de tesouraria, que ajudaram a elevar a margem financeira bruta, que cresceu 8,8% na comparação anual.

Além disso, o lucro do Banco do Brasil também foi impactado pelas receitas geradas com prestação de serviços que, por sua vez, tiveram influência das linhas de rendas de mercado de capitais, das operações de crédito e da garantia e consórcios.

Por fim, outros fatores que influenciaram no resultado foram o aumento das despesas de PCLD ampliada, com crescimento anual de 32,8% no 4T23, e do maior controle de despesas administrativas, o que, na visão do Banco do Brasil, refletiu a “gestão adequada dos contratos do banco.

“Renovamos o nosso recorde de geração de resultados robustos, calcados pela sustentabilidade na geração de negócios e no relacionamento com nossos clientes”, destaca o relatório de resultados do Banco do Brasil.

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BB projeta lucro maior neste ano e crescimento próximo a dois dígitos no crédito

A companhia projeta que a carteira de crédito do BB continuará crescendo próximo de dois dígitos porcentuais neste ano, de acordo com as projeções para 2024 divulgadas nesta quinta-feira, 8, pelo banco. O lucro líquido, por sua vez, também deve aumentar, e pode chegar a R$ 40 bilhões.

O lucro líquido ajustado do BB neste ano deve ficar entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões, de acordo com os guidances do banco. No ano passado, o resultado foi de R$ 35,6 bilhões, enquanto as projeções eram de resultado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões.

A margem financeira bruta do banco deve ter aumento entre 7% e 11%. No ano passado, o indicador avançou 27,4%, contra uma projeção entre 22% e 26%. O número acima do esperado veio com os resultados da tesouraria, em especial do Patagonia, banco que o BB controla na Argentina.

As receitas de prestação de serviços devem aumentar de 4% a 8% neste ano, após um crescimento de 4,6% em 2023. Neste caso, a projeção estava na faixa entre 4% e 8%.

O banco espera que as provisões contra a inadimplência fiquem entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões. No ano passado, a despesa foi de R$ 30,5 bilhões, enquanto o BB estimava algo entre R$ 23 bilhões e R$ 27 bilhões. A despesa veio acima das projeções diante do caso Americanas, totalmente provisionado pelo banco, e de outros aumentos de provisão para clientes do segmento empresarial.

Além disso, as despesas administrativas do BB devem ter alta na faixa entre 6% e 10%, estima o BB. No ano passado, o crescimento foi de 7,5%, contra uma projeção de alta entre 7% e 11%.

Segundo o banco, a carteira de crédito deve crescer entre 8% e 12% neste ano. Este crescimento deve ser puxado pelas operações ao agronegócio, com alta entre 11% e 15%. Em pessoas físicas, a carteira deve crescer entre 6% e 10% neste ano. Em empresas, o cálculo aponta para alta entre 7% e 11% em um ano.

No ano passado, a carteira de crédito do BB cresceu 10,5%. A projeção que o banco havia dado ao mercado apontava para crescimento entre 9% e 13% em relação a 2022.

Banco do Brasil incluiu, nas projeções corporativas, uma projeção para a carteira de crédito sustentável, que inclui operações com enfoque ambiental, social e financiamentos de atividades ou segmentos que tragam impactos socioambientais positivos. A expectativa é de que essa carteira, que é transversal às demais, suba de 5% a 9% neste ano.

Desempenho anual das ações do banco

Cotação BBAS3

Gráfico gerado em: 09/03/2024
1 Ano

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Vinícius Alves

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