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Banco do Brasil (BBAS3): braço direito de Haddad na Fazenda, Galípolo é eleito presidente do Conselho de Administração

Gabriel Galipolo

Gabriel Galipolo. Foto: Divulgação

Braço direito de Fernando Haddad e atual nº 2 do Ministério da Fazenda, o economista Gabriel Galípolo foi eleito presidente do Conselho de Administração (CA) do Banco do Brasil (BBAS3). Em informe ao mercado nesta sexta (12), os gestores do banco informaram essa decisão e também a nomeação de Anelize Lenzi Ruas de Almeida para o posto de vice-presidente do CA.

Atualmente, Gabriel Galípolo é secretário executivo do Ministério da Fazenda, cargo abaixo apenas de Haddad, que é o ministro da pasta.

Segundo a jornalista Julia Duailibi, da GloboNews, o economista foi indicado para a posição pelo próprio conselho. Contudo, essa presidência pode ser trocada nas próximas semanas.

Na segunda (8), Fernando Haddad anunciou que o economista é o indicado do governo para a diretoria de política monetária do Banco Central (BC). Caso seja aprovado pela diretoria do Senado, Galípolo precisa renunciar à presidência do CA do BB.

Além disso, se o profissional preferir o BC em vez do BB, o economista será um dos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) e participará das discussões sobte a taxa de juros — principal atrito entre BC e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Quem é Gabriel Galípolo?

Gabriel Galípolo é bacharel e mestre em Economia pela Pontíficia Universidade Católica (PUC-SP). No currículo, além do trabalho ao lado de Haddad na Fazenda, ele atuou como docente da PUC-SP e foi presidente do banco Fator.

Banco do Brasil: O que esperar no 1T23?

Nos últimos trimestres, o Banco do Brasil (BBAS3) tem seguido como queridinho de investidores e analistas, mostrando um bottom line dos balanços acima das projeções, dividendos polpudos e uma grande capacidade de entregar seu guidance já ambicioso.

Além disso, a carteira de crédito do Banco do Brasil se mostra mais resiliente do que a dos seus pares, considerando que o banco tem maior exposição ao agro e ao crédito consignado para pessoas físicas, oferecendo menos risco do que os seus pares. Com isso, inclusive, os papéis BBAS3 sangraram substancialmente menos nos últimos meses com os eventos de crédito e após o provisionamento do caso Americanas (AMER3).

Para o primeiro trimestre de 2023 (1T23), é praticamente consenso que o resultado do Banco do Brasil deve exibir bons números e um Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) otimista.

O consenso Bloomberg projeta R$ 8,476 bilhões de lucro líquido para o Banco do Brasil no 1T23, alta ante os R$ 6,6 bilhões do mesmo período do ano passado. De um total de 16 analistas, 14 mantém recomendação de compra para as ações, com preço-alvo médio de R$ 56,16 – ao passo que as ações do Banco do Brasil são negociados na casa dos R$ 44.

“Esperamos outro trimestre de forte crescimento na carteira de empréstimos do Banco do Brasil, provavelmente em linha com o ponto médio de seu guidance, impulsionado principalmente pelo crédito rural. Esperamos que o seu NII aumente 28% em comparação com o ano passado, mas caia 9% em relação ao trimestre anterior, principalmente devido a operações de empréstimos mais modestas (menos dias úteis) e receitas de tesouraria”, diz a XP Investimentos.

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