Banco do Brasil (BBAS3): lucro cresce 28,9% no 1T23 e chega a R$ 8,5 bilhões

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil (BBAS3) cresceu 28,9% no primeiro trimestre de 2023 (1T23) e alcançou a cifra de R$ 8,5 bilhões. De acordo com as informações divulgadas nesta segunda (15), o resultado positivo foi alcançado graças ao desempenho positivo da carteira de crédito da instituição financeira. Em comparação ao último trimestre de 2022, houve baixa de 5,4% – naquele intervalo o BB apurou R$ 9,04 bilhões no lucro.

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O consenso Bloomberg projetava R$ 8,476 bilhões de lucro líquido para o Banco do Brasil no 1T23. A estimativa do Santander para o lucro do Bando do Brasil era ainda maior do que a do consenso Bloomberg, com a casa mirando R$ 8,494 bilhões para a última linha do balanço.

Já o consenso Refinitiv projetava lucro líquido de R$ 8,688 bilhões no 1T23 do BB.

Com essa cifra, o retorno sobre patrimônio líquido do BB (RSPL) ficou em 21%. De acordo com as informações publicadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no trimestre, o valor adicionado à sociedade superou R$ 21 bilhões. Em termos líquidos recorrentes, o lucro do BB chegou à casa dos R$ 7,3 bilhões e cresceu 45,7% neste período.

No primeiro resultado da gestão de Tarciana Medeiro, primeira mulher a presidir o BB em 214 anos, o banco público afirma que, na comparação com o mesmo período de 2022, a evolução é explicada pelos crescimentos na margem financeira bruta, receitas de prestação de serviços e resultado de participações em controladas, coligadas e joint ventures. Por outro lado, houve impacto parcial do aumento na despesa de provisões.

“O lucro líquido do 1T23 do BB foi positivamente influenciado pelo desempenho de nossa carteira de crédito, que reflete um mix adequado de risco x retorno. Essa performance é reforçada pelo crescimento das receitas líquidas de tarifas e comissões, ao passo que as despesas administrativas permaneceram sob controle”, destacaram os gestores do Banco do Brasil.

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Banco do Brasil no 1T23

De acordo com os administradores do BB, “esse resultado é reflexo da relevância do Banco do Brasil na vida dos nossos clientes”.

Buscamos a excelência no relacionamento, de forma inovadora e eficiente, trazendo soluções sob medida, para ver brasileiros e brasileiras crescendo e prosperando cada vez mais. Conceder crédito com qualidade é um importante direcionador do nosso resultado. Assim como a maior diversificação de receitas financeiras e de serviços, disciplina no controle de despesas e gestão eficiente do capital.

Os principais números do balanço do Banco do Brasil no 1T23 foram os seguintes:

  • Receita líquida de juros: R$ 21.215 bilhões (no 1T22, cifra foi de R$ 15.395 bilhões);
  • Receita líquida de tarifas e comissões: R$ 6.114 bilhões (no 1T22, cifra foi de R$ 5.716 bilhões);
  • Despesas de pessoal e administrativa: R$ 8.730 bilhões (no 1T22, cifra foi de R$ 7.910 bilhões).
  • Lucro líquido: R$ 7.291 bilhões (no 1T22, cifra foi de R$ 5.005 bilhões)

No trimestre, o BB colheu R$ 21,161 bilhões em margem financeira, que mede o resultado com operações que rendem juros. É uma alta de 38,0% em um ano puxada pelos aumentos da Receita de Operações de Crédito (35,1%) e do Resultado de Tesouraria (72,1%), que, por sua vez, foram impulsionados pelos crescimentos de volumes e taxas da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários, sendo parcialmente compensados pelo aumento de (52,2%) da Despesa de Captação Comercial.

A receita financeira com operações de crédito do Banco do Brasil foi de R$ 32,304 bilhões, também 4,6% maior em três meses. O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 10,086 bilhões, baixa de 7,8% em um trimestre. Ao contrário dos pares do setor privado, o BB tem carteira de aplicações majoritariamente pós-fixada, o que tem garantido ganhos expressivos na tesouraria. As despesas de captação comercial do banco público, por sua vez, somaram R$ 18,073 bilhões, alta de 3,1% em um trimestre.

Ao final do terceiro trimestre, o BB tinha R$ 2,114 trilhão em ativos, um aumento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado, e alta de 4,2% em três meses.

O patrimônio líquido do BB ficou em R$ 169,533 bilhões, alta de 10,8% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 20,8%, alta de 2,9 p.p. em base anual, e baixa de 1,8 p.p. em três meses.

As ações do Banco do Brasil terminaram o pregão desta segunda em alta de 0,45%, aos R$ 44,43.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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