De acordo com o levantamento da Economática com base nos balanços das empresas, a construção civil e o varejo são setores em que as empresas mais deram prejuízo no segundo trimestre do segundo trimestre de 2019.
Dentre as quinze empresas brasileiras que divulgaram seus balanços e que tiveram os piores resultados, três são construtoras e três são varejistas.
Com o processo de recuperação judicial em tramitação desde 2016, a Oi (OIBR3) foi a empresa que apresentou o maior prejuízo no intervalo de abril-junho. A receita líquida foi de R$ 5,091 bilhões nos últimos três meses, uma queda de 8,2% no comparativo anual. No semestre, o somatório é de R$ 10,211 bilhões, retração de 8,8%.
Em segundo lugar, o Carrefour (CRFB3) obteve um prejuízo de R$ 494 milhões, revertendo o lucro de R$ 389 milhões registrados no mesmo período de 2018. O resultado foi afetado por um crescimento de 55,4% das despesas operacionais, chegando a R$ 3,05 bilhões.
A Vale (VALE3) figura em quarto lugar após registrar um prejuízo líquido de R$ 384 milhões. Os resultados negativos são motivados pela ruptura da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, que ocorreu em janeiro deste ano.
A companhia do setor eletrônico B2W Digital (BTOW3) divulgou o seu prejuízo líquido de R$ 127,6 milhões. O resultado financeiro líquido ficou negativado em R$ 158,4 milhões, o que representa um crescimento de 13,1%.
A Gol (GOLL4) divulgou o prejuízo líquido de R$ 120,8 milhões, aparecendo em 11º da lista. O volume, entretanto, representa uma melhora de 90,5% em relação ao período igual do ano passado.O Ebitda chegou a R$ 399,4 milhões, com margem aumentando para 12,7%. É o maior nível desde 2006.
Os maiores prejuízos conforme os balanços
Confira abaixo os 15 maiores prejuízos do segundo trimestre deste ano, segundo ranking da Economática.
- Oi (-R$ 1,559 bilhão)
- Carrefour BR (-R$ 494 milhões)
- Renova (-R$ 426,5 milhões)
- Vale -(R$ 384,2 milhões)
- PDGRealt (-R$ 249 milhões)
- Companhia Estadual de Energia Elétrica (-R$ 227 milhões)
- Biosev (-R$ 168,8 milhões)
- Via Varejo (-R$ 154 milhões)
- Tecnisa (-R$ 144,1 milhões)
- B2WDigital (-R$ 127,6 milhões)
- Gol (-R$ 120 milhões)
- Liq (-R$ 117,8 milhões)
- Telebras (-R$ 113,9 milhões)
- Minerva (-R$ 113,3 milhões)
- RossiResid (-R$ 106,9 milhões)