Sabesp (SBSP3) mostra queda de 45% no lucro líquido no 2T22 com alta nas despesas
A Sabesp (SBSP3), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, registrou queda de 45,4% no lucro líquido em um ano, segundo o balanço do segundo trimestre de 2022 divulgado nesta quinta-feira (12) pela companhia. De abril a junho, a empresa obteve lucro líquido de R$ 422,5 milhões, contra R$ 773,1 milhões no mesmo período do ano passado.
A redução do lucro no balanço do segundo trimestre de 2022 está relacionada ao aumento de despesas da empresa. A alta do dólar, por exemplo, impactou os gastos com empréstimos e financiamentos.
“As despesas com variação cambial sobre empréstimos e financiamentos apresentaram um acréscimo de R$ 507,1 milhões, decorrente da valorização do dólar e desvalorização do iene frente ao real no 2T22, quando comparadas à desvalorização ocorrida em ambas as moedas no 2T21″, destaca o balanço da Sabesp.
Custeio em geral, além de despesas administrativas, comerciais e custos de construção apresentaram um acréscimo de R$ 659,6 milhões no 2T22, uma alta de 17,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Aumento de receita no 2T22
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 1,5 bilhão, o que representa alta de 3,9% na comparação com o segundo trimestre de 2021.
A receita operacional líquida da companhia também avançou 14,6% em relação ao ano passado, passando de R$ 4,59 bilhões no 2T21 para R$ 5,26 bilhões no 2T22.
A Sabesp destacou no balanço que o aumento de receita está relacionado ao reajuste tarifário. Em maio deste ano, a empresa comunicou que suas tarifas foram reajustadas em 12,83%, em todo o estado de São Paulo.
Em relatório, analistas de Energia e Saneamento da XP afirmaram que os resultados da Sabesp ficaram abaixo das expectativas e mantiveram recomendação neutra para as ações da companhia.
“Temos uma avaliação neutra dos resultados da Sabesp no 2T22, apesar dos resultados abaixo de nossas estimativas e da compressão de margem devido à pressão inflacionária”, aponta a XP.
