Dando continuidade à temporada de balanços, os principais eventos da semana vão dos indicadores macroeconômicos aos resultados corporativos
Nesta semana, os principais eventos incluíram decisão do Copom – que ajustou a Selic para 7,75% ao ano – e indicadores de emprego. Agora, a partir do domingo (31), o Ibovespa passa a contar com a influência dos últimos resultados divulgados e do cenário macroeconômico que motivou revisão por parte de bancos e corretoras.
“A deterioração no cenário inflacionário sustenta um cenário com juros mais altos. O comunicado indicou que o ritmo do ajuste continuará o mesmo na próxima reunião”, dizem os analistas do Banco Safra.
“Em um cenário econômico mais desafiador, agravados pela alta persistente da inflação, corroborando com premissas de juros mais elevados do que esperávamos anteriormente e crescimento econômico menor, elevamos as premissas de taxa de desconto e reduzimos as expectativas de crescimento de lucro para os próximos anos. Assim, passamos a ter uma avaliação mais conservadora para a bolsa brasileira”, seguem.
Vale lembrar que, ainda nesta última semana, o Ibovespa fechou em 103.500 pontos. Deste modo, o índice acumula queda de 12,9% no ano de 2021, após bater sua máxima histórica em meados de junho.
PMIs
Já neste domingo (31), a China divulga o seu Índice dos Gerentes de Compras (PMI) Industrial Caixin referente ao mês de outubro. O indicador econômico serve para uma visão geral da atividade industrial no país.
Com os dados, os investidores devem ter mais clareza acerca do crescimento econômico chinês.
A projeção para a próxima semana é de 50 – sendo que quando o PMI fica abaixo deste número, trata-se de indicativo que a economia industrial está em declínio.
Na última divulgação, no fim de setembro, o PMI Industrial chinês ficou em 50,0, e o anterior a este foi de 49,2.
Na segunda, primeiro dia de novembro, os Estados Unidos, o Reino Unido e o Brasil divulgam seus PMIs Industriais.
IPC-Fipe no Brasil
Na quarta-feira (3), o Brasil contará com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor – Fipe, o IPC-Fipe. A divulgação se dá às 5h da manhã, antes da abertura do pregão.
Na última publicação, o indicador estava em 1,13%, com prévia de 1,44%.
Vale frisar que trata-se de um indicador de inflação, sendo que o cenário macroeconômico brasileiro encontra-se instável em com dados análogos surpreendendo os mercados negativamente.
Eventos do Fed e Fomc
Também na quarta (3), o mercado americano conta com três eventos relevantes ocorrendo por parte da autoridade monetária, o Federal Reserve (Fed).
Às 15h, ocorre a declaração do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), sendo um indicador do tom da política monetária do país. Na ocasião, o Fed deve decidir acerca da taxa de juro de a curto prazo tomando como base o crescimento econômico e a inflação.
Às 16h30, após a decisão monetária, o Fed concede uma coletiva de imprensa, o que deve movimentar o noticiário econômico.
Pedidos de Seguro-Desemprego
Na quinta (4), os EUA divulgam seus dados dos Pedidos de Auxílio-Desemprego, dado que mensura o número de pessoas que entrou com pedido de seguro-desemprego pela primeira vez durante a semana passada.
O indicador também é relevante para a compreensão da economia americana e um driver importante para os mercados internacionais.
A projeção é de 275 mil pedidos, sendo que a prévia foi de 281 mil pedidos, conforme divulgação no dia 28 de outubro.
Balanços corporativos
Como drivers relevantes para o mercado doméstico, os resultados trimestrais a serem divulgados nesta semana são:
Após os eventos de divulgação de balanços, a temporada continua, sendo que a ultima divulgação de resultado financeiro trimestral do 3T21 será no dia 28 de novembro, por parte da da Assaí (ASAI3). Apesar disso, resultados relevantes para o Ibovespa – como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) – foram divulgados nesta última semana de outubro, conforme reportado pelo Suno Notícias.