A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,386 bilhão na terceira semana de julho de 2022.
De acordo com dados da balança comercial, divulgados nesta segunda-feira (18) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,285 bilhões e importações de US$ 5,898 bilhões.
Nas três primeiras semanas do mês, o superávit chega a US$ 3,791 bilhões. No ano, o saldo é positivo em US$ 38,098 bilhões.
A média diária das exportações registrou nas três primeiras semanas de julho aumento de 33,1%, com alta de 66% em agropecuária, crescimento de 38,4% em indústria da transformação e de 2,6% em produtos da indústria extrativa.
Já as importações subiram 45,5%, com queda de 0,3% em agropecuária e crescimentos de 24,8% em indústria extrativa e de 48,6% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.
Em junho, balança comercial fechou encolheu
O encarecimento do preço de vários itens importados, especialmente fertilizantes e petróleo, fez o superávit da balança comercial encolher em junho.
No mês passado, o país exportou US$ 8,814 bilhões a mais do que importou, queda de 15,4% em relação ao registrado em junho do ano passado. Apesar do recuo, esse dado da balança comercial é o segundo melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989, só perdendo para junho de 2021.
No primeiro semestre, a balança comercial acumula superávit de US$ 34,246 bilhões.
Isso representa 8,2% a menos que o registrado de janeiro e junho do ano passado. O saldo é o segundo melhor da história para o período, perdendo apenas para 2021, quando o superávit tinha fechado o primeiro semestre em US$ 37 bilhões nesse intervalo.
No mês passado, o Brasil vendeu US$ 32,675 bilhões para o exterior e comprou US$ 23,861 bilhões.
Tanto as importações como as exportações bateram recorde em junho, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 15,6% em relação a junho do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 33,7% na mesma comparação.
O recorde das importações e das exportações, no entanto, deve-se ao aumento dos preços internacionais das mercadorias.
No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média apenas 0,1% na comparação com junho do ano passado, enquanto os preços aumentaram 14,6%, favorecido pela valorização das commodities, que são bens primários com cotação internacional.
Nas importações, a quantidade comprada caiu 1,8%, mas os preços médios subiram 34,6%. A alta dos preços foi puxada principalmente por adubos, fertilizantes, petróleo, carvão e trigo, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Com Estadão Conteúdo