O governo da Bahia anunciou, na última quinta-feira (10), que assinou acordo para adquirir 50 milhões de doses da vacina da Rússia contra o novo coronavírus (covid-19).
A Bahia é o segundo estado brasileiro a firmar um acordo com a produção da vacina da Rússia. O primeiro foi o Paraná. O imunizante russo, conhecido como Sputnik V, está previsto para ser testado em outubro deste ano, se os órgãos reguladores do Brasil aprovar.
O governador do estado, Rui Costa, não detalhou os valores do acordo. Segundo Costa, a vacina poderá ser fornecida para todo o País quando ela for aprovada.
“A Bahia assinou um acordo de cooperação com o fundo soberano da Rússia, o RDIF, para o fornecimento de 50 milhões de doses da vacina Sputnik V, a primeira contra o coronavírus registrada em todo o mundo”, escreveu Costa no Twitter.
Vamos poder fornecer a vacina para todo Brasil quando ela for aprovada pelos órgãos responsáveis. A #SputnikV está sendo avaliada, já na fase 3 de testes, em 40 mil pessoas pelo mundo. Aqui na Bahia, a partir de outubro, pretendemos realizar testes clínicos em 500 pessoas.
— Rui Costa (@costa_rui) September 11, 2020
O estado receberá 500 doses iniciais assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o protocolo para a testagem. De acordo com o governador, a intenção é iniciar os testes em outubro.
O acordo de confidencialidade com o governo russo estabelece que todas as informações científicas do imunizante sejam repassadas para a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (Bahiafarma). No primeiro momento, o protocolo da vacina será analisado pelo comitê de ética do Instituto Couto Maia, em Salvador, depois ao Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conepe), em Brasília, além da Anvisa.
Se o protocolo for aprovado em todos os processos avaliativos, a Bahia iniciará o teste clínico da vacina da Rússia em 500 participantes.
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