B3 está menos desvalorizada que outras bolsas da AL, diz Morgan Stanley

O grupo financeiro norte-americano Morgan Stanley avaliou que, entre os mercados de capitais da América Latina, a bolsa de valores brasileira, a B3, registra uma desvalorização menor do que seus pares, conforme métrica “Buffett Indicator”, que se baseia na relação entre valor de mercado das empresas e o Produto Interno Bruto (PIB) do país. As informações foram publicadas no jornal “Valor Econômico”.

Segundo analistas do banco americano, a média do indicador na América Latina está em 25%, patamar 0,7 ponto percentual inferior ante sua média histórica de 15 anos, de 30%. A B3, no entanto, fugiu à regra e opera em 0,5 ponto percentual abaixo.

O Morgan Stanley informou que, enquanto o Chile e a Colômbia parecem mais subvalorizados, com -2,3 desvios-padrão e -1,0 desvio-padrão, respectivamente; os mercados acionários do do México (+0,1), do Peru (+-0,2) e do Brasil (-0,5) “parecem estar menos desvalorizados ou mais próximos de uma precificação justa”, escreveram os especialistas, em nota.

“Devemos observar que a mínima recente de 17% registrada em março de 2020 foi muito semelhante às mínimas de 16% e 18% registrados durante os piores momentos dos mercados no fim de 2008 e início de 2016”, salientaram os analistas.

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Buffett Indicator da B3 está em 31%

No caso do mercado de ações brasileiro, o indicador está no patamar de 31%, isto é, 0,5 ponto percentual da média de 15 anos de 36%. O nível ainda está 8 desvios-padrão acima da mínima registrada em março de 2020, quando bateu 23% e 1,8 ponto percentual abaixo da máxima apresentada em dezembro de 2019 de 48%.

“Esperamos que a recuperação econômica em curso no país seja um impulso positivo para os lucros das empresas em 2021 e apoie ainda mais o mercado de ações em moeda local. De fato, nosso preço-alvo para meados de 2021 para o Ibovespa (110 mil pontos) oferece um potencial de alta de 14%”, destacaram os analistas.

Além disso, os especialistas do Morgan Stanley salientaram que o Buffett Indicador médio da bolsa de valores brasileira, a B3, é o segundo mais elevado da região, atrás apenas do mercado chileno, o que “evidencia um estado mais maduro do mercado financeiro local em comparação com outros países da região”.

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Arthur Guimarães

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