A Americanas (AMER3) foi excluída pela B3 (B3SA3) de 14 índices do mercado, entre eles o Ibovespa, após ter protocolado o seu pedido de recuperação judicial. Nesta quinta (19), a empresa responsável pela bolsa brasileira afirmou que o papel da varejista deixará essas listas ao seu preço de fechamento após o encerramento do pregão de sexta (20).
De acordo com um comunicado da B3 à imprensa sobre a Americanas, o espaço da ação AMER3 será “redistribuído proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o pertinente ajuste nos redutores dos índices”.
Na carteira teórica do Ibovespa de janeiro a abril de 2023, as ações da Americanas ocupam 0,303% do índice. Confira a lista de todos os índices que deixaram de ter os papéis da empresa:
- IBOV – Ibovespa
- IGCX
- ICO2
- ICON
- IBXX
- IGCT
- IGNM
- IBRA
- IVBX
- ISEE
- ITAG
- SMLL
- IBXL
- GPTW
Veja o comunicado na íntegra sobre a Americanas:
Comunicamos que, em virtude da listagem sob o título de “Recuperação Judicial” a partir de 20/01/2023, a Americanas (AMER3), terá seus títulos excluídos de todos os índices B3: IBOV, IGCX, ICO2, ICON, IBXX, IGCT, IGNM, IBRA, IVBX, ISEE, ITAG, SMLL, IBXL e GPTW ao seu preço de fechamento após o encerramento do pregão regular de 20/01/2023, sendo sua participação redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o pertinente ajuste nos redutores dos índices.
Dado o fato relevante divulgado pela empresa no dia 11/01/2023 e suas implicações do ponto de vista ESG, iniciamos em 12/01 o Plano de Resposta a Eventos relacionados ao ISE B3.
Os procedimentos estabelecidos no plano foram realizados e deliberou-se pela exclusão da empresa da carteira do ISE B3. Porém, devido a listagem sob o título de “Recuperação Judicial”, a empresa será excluída conforme tratamento dos outros índices.
Recuperação judicial da Americanas
A Americanas formalizou o seu pedido de recuperação judicial nesta quinta (19), quando informou ter R$ 43 bilhões em dívidas. Para Pedro Menin, sócio-fundador da Quantzed, essas exclusões dos índices devem “trazer uma venda passiva importante e uma perda de liquidez muito relevante” para a companhia.
“As ações tendem a sofrer durante processos de recuperação judicial, uma vez que as medidas são focadas nos credores e são geralmente diluitivas aos acionistas”, recorda a XP Investimentos em relatório.
Durante o pregão desta quinta (19), as ações da Americanas caem 32,18%, de acordo com os dados do Status Invest.