B3 quer continuar colaborando com a educação financeira no Brasil, diz CEO

Gilson Finkelsztain, CEO da B3 (B3SA3), em um encontro com jornalistas na última terça-feira (17), disse que a companhia pretende otimizar o processo de investimento e colaborar na propagação da educação financeira.

“Iremos ajudar nesse processo. Nesse ano, algumas coisas que fizemos foi a campanha de incentivo do Tesouro Direto, que democratizou o acesso a um custo competitivo. Agora estamos sensíveis a questão da tarifação para garantir que o crescimento da pessoa física continue”, afirmou o presidente da B3.

Finkelsztain refere-se à possibilidade de rever a cobrança de tarifa da depositária de ações no valor de R$ 9,90. Segundo o executivo, a companhia mostra-se atenta sobre esse assunto depois de observar que muitas corretoras estão arcando com esses custos e não repassando aos seus clientes.

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O presidente da companhia destacou que o custo dessa medida seria grande para a empresa e que ainda não foi tomada nenhuma decisão. A depender da decisão tomada, uma das expectativas é de que as corretoras utilizem esses recursos em educação financeira ou para a procura por novos clientes.

B3 quer ampliar leque de opções

Além disso, a B3 tem ainda se debruçado, de acordo com ele, para expandir a quantidade de ativos disponíveis aos investidores na bolsa brasileira. Ele salientou uma alteração regulatória importante que virá após a audiência pública lançada na última passada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre os Brazilian Depositary Receipts (BDR), papéis que representam ações de empresas estrangeiras negociadas na bolsa local.

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Dentre as mudanças, será retirada a restrição para a compra das ações ao investidor qualificado, dando acesso a uma gama muito maior de ativos aos investidores comuns. “Temos esse mantra de garantir um espectro de produtos para pessoas físicas ou para investidores institucionais“, disse o executivo.

O CEO afirmou que o crescimento do mercado de capitais no Brasil foi possível com a media do governo em priorizar o ajuste das contas fiscais do País, permitindo controle da inflação e cortes na taxa de juros.

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Devido a esse contexto, o próximo ano poderá bater o recorde de volume de oferta de ações na bolsa brasileira, depois de mais de R$ 80 milhões neste ano, disse. Segundo o executivo, essa é a indicação se forem levados em conta os desinvestimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, e as ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), de subsidiárias da Caixa Econômica Federal.

É esperado que ocorram entre 20 e 30 ofertas no próximo ano, entre ofertas iniciais e ofertas subsequentes de ações (follow-on). O presidente da B3 destacou ainda que o pipeline é robusto com companhias que estão se preparando para estrearem na bolsa em 2020. “Há um movimento bastante forte”, comentou.

Jader Lazarini

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