A B3 (B3SA3) está pretendendo ampliar o horário de negociação de alguns produtos financeiros. Segundo o Valor Econômico, o pedido já foi feito à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Banco Central (BC).
A expectativa da B3 é que a ampliação ocorra gradualmente a partir de 2024. Ao Valor, Mário Palhares, vice-presidente de Operações, Negociação Eletrônica e Contraparte Central da B3, afirmou que, primeiramente, a intenção é fazer um piloto com contratos “mini”.
“Vamos discutir a ampliação do horário a partir dos dois extremos. Será que no futuro não deveríamos oferecer uma janelas para que alguns produtos pudessem ser negociados entre 7h30 e 22h?”, relatou Palhares ao Valor. Segundo ele, a extensão dos horários poderia atender uma demanda dos mais jovens e investidores europeus.
No entanto, a mudança do pregão levaria a uma adaptação de uma série de procedimentos no qual a Bolsa realiza, como cálculos de riscos e valores de liquidação. Além disso, envolveria fundos e corretoras.
A pré-abertura do mercado acontece às 9h45 e abertura do mercado à vista às 10h, finalizando às 17h.
B3 lança novo índice de diversidade de gênero e raça
Em agosto, a B3 lançou um novo índice focado em empresas que valorizam a diversidade de gênero e raça. Intitulado Idiversa B3, o indicador é pioneiro na América Latina e representa um esforço para reconhecer empresas listadas que se destacam na promoção de grupos minoritários, enquanto impulsiona a representatividade de grupos historicamente sub-representados no mercado, incluindo gênero feminino, pessoas negras e indígenas.
Ana Buchaim, vice-presidente de Pessoas, Marketing, Comunicação, Sustentabilidade e Investimento Social Privado da B3, explica que o Idiversa B3 utiliza uma metodologia inédita que incorpora gênero e raça em um único índice. “Isso oferecerá aos investidores mais uma opção para construir suas carteiras e investir em empresas que se destacam em critérios relacionados à agenda ESG.”
O Idiversa B3 é o décimo índice da família de indicadores ESG da B3, entre eles:
- ISE B3, principal índice de sustentabilidade empresarial do Brasil;
- IGPTW B3, que reconhece as melhores empresas para trabalhar;
- ICBIO, que monitora os preços dos créditos de descarbonização.
O novo índice será uma outra forma da B3 incentivar empresas a promover melhores práticas e fornecer produtos inovadores que incentivem as empresas a avançar em direção à representatividade.
B3 encolhe lucro em 3,6% no 2T23
A B3 (B3SA3) divulgou seus resultados financeiros, apresentando um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 1,052 bilhão, indicando uma queda de 3,6% em relação ao período anterior.
Se forem excluídos itens não recorrentes, como despesas de M&A, outras receitas não recorrentes, impactos fiscais e amortização de intangível, o lucro líquido da B3 teria alcançado R$ 1,168 bilhão, registrando uma diminuição de 4,3%.
Enquanto isso, o lucro líquido recorrente ajustado apresentou uma queda de 12,9%, influenciada pelo término da amortização fiscal do ágio da combinação de negócios com a Cetip.
O Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o total de R$ 1,632 bilhão, indicando uma diminuição de 2,2%. A margem correspondente foi de 73,6%, em comparação aos 74,4% registrados um ano antes.
A receita líquida da B3 totalizou R$ 2,230 bilhões, exibindo um decréscimo de 0,5%, enquanto as despesas apresentaram um aumento de 2%, somando R$ 859 milhões.