B3 (B3SA3) tem queda anual de 20,9% no volume de negociação de ações, mas número de investidores cresce
A B3 (B3SA3) divulgou os destaques operacionais de setembro de 2023, reportando um volume médio diário de ações de R$ 23,321 bilhões no mês, conforme comunicado emitido ao mercado nesta terça-feira (10).
Em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, setembro de 2022, o novo volume de negociação de ações divulgado pela B3 mostra um recuo anual de 20,9%.
Nesse mesmo período de comparação, a receita média por contrato (RPC) do segmento de ações apresentou um aumento de 8,8%, passando de R$ 0,872 para R$ 0,949. Já a velocidade de giro de mercado teve uma baixa anual de 2,971 pontos percentuais, saindo de 159,3% para 129,6%.
O volume médio diário de negociação de derivativos da B3 foi de R$ 5,646 bilhões em setembro de 2023, cerca de 4,7% superior ao mesmo período do ano passado e 8% menor que o registrado em agosto deste ano. Vale destacar que nesse setor estão incluídos câmbio, juros e commodities.
Além disso, a receita média por contrato (RPC) no setor de derivativos variou 14,1% em relação a agosto e -13,5% em relação a setembro de 2022.
Número de investidores da B3 tem alta anual de 6,4%
Em setembro do ano passado, o número de investidores da B3 estava na casa dos 4,560 milhões. Em agosto de 2023, esse número chegou a 4,806 milhões e, em setembro deste ano, a 4,854 milhões. Portanto, o número atualizado mostra uma alta anual de 6,4% e uma alta mensal de 1%.
Ao final de setembro, o número de empresas listadas na B3 era 437, registrando uma queda de 2,7% na comparação anual – frente às 449 companhias listadas em setembro de 2022 – e uma ligeira baixa de 0,2% em relação a agosto, quando contava com 448 empresas.
B3 (B3SA3) lança 1º índice de dividendos do Ibovespa
No fim de setembro, a bolsa de valores brasileira, a B3 (B3SA3) lançou o primeiro índice de dividendos vinculado ao Ibovespa – que completa 55 anos.
Em conjunto com a Nu Asset, gestora de fundos do Nubank, a carteira Ibovespa Smart Dividendos, ou IBSD, foi desenvolvida com o objetivo de reunir empresas que pagam maiores valores proporcionais em relação ao preço da ação.
Além do dividend yield (DY), o índice incluirá frequência e valor constantes ao longo dos anos.
“O primeiro filtro é integrar o Ibov, estar dentre os 85 ativos da carteira. O segundo versa sobre os dividendos. Estamos pegando os 21 que mais pagam dividendos, com uma média ponderada dos últimos 6 anos, dando um peso maior para os anos recentes. Além disso, integramos as companhias que têm normalização de pagamentos extraordinários, para manter constância”, explicou Henio Scheidt, gerente de Índices da B3.
A primeira carteira, que vigora até 29 de dezembro de 2023, terá 21 empresas.
Assim como nos demais índices da B3, o rebalanceamento acontece a cada 4 meses, para adequar a composição aos critérios estabelecidos na metodologia.
A carteira poderá ser acessada no site da B3.
Caso existisse desde 2013, o Ibovespa Smart Dividendos B3 teria acumulado uma variação positiva de 142% até o final de agosto desse ano. No mesmo período, o Ibovespa B3 obteve variação positiva de 87%.