O volume financeiro médio negociado na B3 (B3SA3) no segmento de ações apresentou uma queda de 7,2% em março deste ano em comparação com fevereiro, totalizando um montante de R$ 24,558 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a queda foi de 5,6%.
Apesar da queda no volume financeiro na B3, a empresa encerrou o mês com 5,938 milhões de contas na depositária, registrando um avanço de 0,6% em 12 meses. O número de investidores individuais atingiu 5,094 milhões, representando um aumento de 0,6%. A quantidade de empresas listadas permaneceu estável em 443.
A capitalização média de mercado da B3 estava em R$ 4,586 trilhões, apresentando uma queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No segmento de futuros, que engloba juros, moedas e mercadorias, o volume médio diário registrou um aumento de 15,3% na base anual, atingindo R$ 7,287 bilhões. Por outro lado, a receita média por contrato apresentou uma queda de 4,4% em relação ao ano anterior.
No mercado de balcão, as novas emissões de renda fixa da B3 aumentaram 7,2% na comparação anual, totalizando R$ 1,382 trilhão. No entanto, o estoque apresentou uma leve queda de 0,1%, ficando em R$ 6,244 trilhões.
Entenda por que o indicador é importante para a B3
- O volume médio diário no mercado de ações é uma métrica que representa a média das quantidades de ações negociadas em um determinado período de tempo, geralmente calculada em dias.
- No caso da B3, o cálculo é feito mensalmente. Esse volume é uma medida importante da liquidez de um mercado, indicando o número de ações que são compradas e vendidas em um dia típico de negociação.
- A métrica é utilizada por investidores e analistas para avaliar a atividade e o interesse dos participantes do mercado em determinados ativos ou no mercado como um todo.
- Um alto volume médio diário pode indicar uma maior liquidez e interesse dos investidores, enquanto um baixo volume médio diário pode sugerir menor atividade e possíveis dificuldades em encontrar contrapartes para negociações.
Lucro da B3 cai 8,8% no 4T23
No quarto trimestre do ano passado (4T23), a B3 registrou uma queda de 8,8% no lucro, que totalizou R$ 915,5 milhões. Fatores como a redução da receita e o aumento das despesas, especialmente relacionadas ao processamento de dados, contribuíram para esse resultado, conforme balanço da empresa.
A receita da operadora da bolsa caiu 2,8%, alcançando R$ 2,24 bilhões, refletindo uma movimentação mais fraca no mercado acionário, que impactou negativamente o segmento listado.
Esse segmento, que corresponde a quase 57% da receita total da B3, engloba não apenas ações, mas também instrumentos de renda variável, juros, moedas e mercadorias. A queda de 13,5% na receita desse segmento não pôde ser compensada pelo aumento na receita de outros segmentos de atuação, como balcão e tecnologia, dados e serviços.
Estrangeiros sacam R$ 879,7 milhões na B3
Na quinta-feira (11), os investidores estrangeiros realizaram saques no segmento secundário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), totalizando R$ 879,7 milhões em recursos. Esse movimento ocorreu em meio a uma queda de 0,51% no Ibovespa, principal índice da B3. Com essas retiradas, o déficit mensal dos investidores estrangeiros nesse segmento atingiu R$ 2,70 bilhões, enquanto o déficit anual alcançou a marca de R$ 25,60 bilhões.
Por outro lado, os investidores institucionais demonstraram um comportamento oposto, realizando aportes no valor de R$ 266,8 milhões no mesmo dia. Essa entrada de recursos contribuiu para reduzir o déficit mensal desse grupo para R$ 586,9 milhões, enquanto o superávit anual atingiu R$ 963,2 milhões.
Destacando-se ainda mais, os investidores individuais também contribuíram para o cenário positivo, com aportes de R$ 331,1 milhões na mesma data. Isso elevou o saldo positivo do mês para expressivos R$ 1,82 bilhão e o superávit acumulado em 2024 para robustos R$ 14,47 bilhões. Os números foram divulgados pela B3.