O montante médio de transações financeiras na B3 (B3SA3) no segmento de ações registrou uma queda de 1,7% em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 26,022 bilhões. Em relação a janeiro, houve um aumento de 15,7%.
Segundo balanço divulgado pela B3, os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 24,940 bilhões na média diária, ainda registrando uma queda anual de 2,2%. Em contrapartida, houve alta de 16,3% na comparação mensal.
A B3 diz que encerrou o mês com 5,903 milhões de contas registradas na depositária, marcando uma diminuição de 3,9% em um período de 12 meses. As contas na depositária representam o número de contas registradas na instituição depositária, que pode ser a B3, onde os investidores mantêm seus ativos financeiros, como ações e títulos.
O número de investidores individuais da B3, de acordo com o resultado da empresa que administra o Ibovespa, foi de 5,066 milhões, apresentando uma redução de 3,4%. O total de empresas listadas também teve uma leve redução, passando de 445 para 443.
A capitalização média de mercado — valor total de mercado da empresa, calculado multiplicando o preço atual de suas ações pelo número total de ações em circulação — atingiu o valor de R$ 4,645 trilhões, refletindo um crescimento de 12,4% ao longo de um ano.
No segmento de futuros, abrangendo juros, moedas e mercadorias, o volume médio diário da B3 permaneceu estável em R$ 6,319 bilhões. Entretanto, a receita média por contrato diminuiu 17,9% em comparação ao ano anterior.
O estoque total cresceu significativamente, atingindo R$ 6,247 trilhões, representando um aumento de 16,7%.
Quanto ao mercado de balcão, as novas emissões de renda fixa aumentaram 7,8% em relação ao ano anterior, alcançando o valor de R$ 1,290 trilhão. Trata-se de um mercado no qual as transações financeiras ocorrem diretamente entre as partes, sem a necessidade de uma bolsa de valores formal. Isso inclui transações de renda fixa, como títulos e debêntures, que não são negociados em uma bolsa de valores tradicional como a B3.
Estrangeiros sacam R$ 609,7 milhões na B3 e déficit anual vai a R$ 20,18 bilhões
Os investidores estrangeiros da B3 retiraram R$ 609, 7 milhões em fundos do mercado secundário da B3 (ações já listadas) até 7 de março deste ano, data em que o Ibovespa registrou uma queda de 0,43%. Como resultado, o segmento registrou um déficit mensal de R$ 2,83 bilhões, enquanto o déficit anual atingiu R$ 20,18 bilhões. Os dados foram divulgados pela B3.
No ano anterior, caracterizado por um grande influxo de capital estrangeiro, esse grupo de investidores havia injetado R$ 45 bilhões na bolsa. Esse volume substancial ajudou a impulsionar o Ibovespa para um ganho de 22% em 2023 e inundou o mercado com dólares, contribuindo, entre outros fatores, para a desvalorização da moeda em relação ao real.
No entanto, em pouco mais de dois meses de 2024, os saques já correspondem a quase metade dos investimentos do ano anterior, representando precisamente 45% do total investido em 2023.
Por outro lado, os investidores institucionais aportaram R$ 116,8 milhões na quinta-feira. Isso eleva o superávit mensal do grupo para R$ 961,0 milhões, enquanto o superávit anual atingiu R$ 1,29 bilhão.
Os investidores individuais, por sua vez, contribuíram com R$ 376,6 milhões no mesmo dia, resultando em um superávit mensal de R$ 1,17 bilhão e um saldo positivo de R$ 9,09 bilhões em 2024. Esses dados foram divulgados pela B3.