A B3 (B3SA3) reportou seus dados operacionais referentes ao mês de setembro, com o volume financeiro médio diário no mercado à vista somando R$ 22,1 bilhões, queda de 1,7% frente ao mesmo período do ano passado e de 17,8% frente ao mês de agosto deste ano. A seguir, confira as análises do BTG Pactual e do Goldman Sachs sobre os números.
O BTG Pactual afirma que, embora já se esperasse uma queda nos volumes de ações após um agosto forte, os resultados gerais superaram as estimativas, sugerindo uma receita melhor do que o esperado para o trimestre.
Principais pontos citados pelo BTG:
- Volume de Ações e Derivativos: O volume diário médio de negociações (ADTV) de ações foi de R$ 23 bilhões em setembro, uma queda de 18% em relação a agosto e 1% em relação ao ano anterior. Já o volume médio diário de futuros (ADV) caiu 17% em relação ao mês anterior, mas subiu 15% em relação ao ano anterior, com receita média diária de R$ 10,6 milhões (+15% a/a).
- Outros Negócios: Os volumes de registro de operações de balcão (OTC) e custódia cresceram 4% e 2%, respectivamente, em comparação com agosto, e 23% e 27% em relação ao ano anterior. O financiamento de veículos caiu 5% m/m, mas subiu 20% y/y. Esses resultados ficaram acima das estimativas trimestrais.
- Diversificação de Receita: Apesar da queda nos volumes de ações, a diversificação dos negócios da B3 em derivativos, renda fixa e análise de dados proporciona uma base de receita mais resiliente, o que reduz a volatilidade associada ao mercado de ações.
Perspectiva e Avaliação do BTG:
Apesar do ADTV da B3 estar ligeiramente abaixo das expectativas, os volumes de OTC e custódia superaram as previsões. A ação da B3 caiu 25% no acumulado do ano, e sua diversificação de negócios oferece alguma proteção contra a volatilidade do mercado de ações. No entanto, o relatório destaca que, embora o valuation da B3 pareça atraente, a preferência é pela XP (XPBR31) para aproveitar o crescimento do setor financeiro, especialmente com possíveis ganhos a partir do segundo semestre de 2024.
O Goldman Sachs, por sua vez, fez algumas estimativas para o balanço da B3 referente ao terceiro trimestre deste ano.
A casa espera uma leve contração no lucro líquido (-1% no trimestre) para R$1,2 bilhão, devido a uma taxa de imposto mais alta. O EBT, segundo o Goldman Sachs, deve permanecer relativamente estável no trimestre (+23% a/a), com uma margem EBITDA de 72,3%, levemente abaixo do 2T24.
O relatório mantém uma visão neutra sobre as ações da B3 (B3SA3), destacando que, apesar de desafios no curto prazo, os volumes melhores do que o esperado trazem riscos positivos aos resultados.
A B3 abriu a sessão do Ibovespa desta quinta-feira (10) em leve alta, apresentando avanço de 0,37% a R$ 10,72 por volta das 10h05. Na quarta-feira (09), os papéis fecharam em queda de 0,19% a R$ 10,68.