B3 (B3SA3): mercado acionário movimenta R$ 33,23 bilhões diariamente em maio
A B3 (B3SA3) informou que o mercado acionário brasileiro movimentou diariamente, em média, R$ 33,23 bilhões em maio deste ano. O resultado operacional do mês, divulgado na noite da última sexta-feira (11), reportou uma alta de 27,6% no segmento na comparação com o mesmo período do ano passado.
No mercado à vista, o avanço foi de 26,1% na mesma base comparativa, saindo de R$ 25,40 bilhões para R$ 32,02 bilhões por dia. O mercado de opções saiu de R$ 525 milhões para R$ 729 milhões, um incremento de 38,7%, segundo a B3.
Entretanto, o destaque ficou para o mercado à termo e futuro de ações, com um avanço de 296,6%. Em maio do ano passado, o segmento movimentou R$ 121 milhões em volume financeiro médio diário, o que passou para R$ 480 milhões no mesmo mês deste ano. Como um todo, o mercado acionário em maio teve um resultado 2,2% maior do que no mês imediatamente anterior.
Os números são resultado de um crescimento de 50,2% no número de investidores ativos, que atingiu 3,773 milhões. O número de empresas listadas subiu de 391 para 437 em 12 meses, perfazendo uma capitalização de mercado de R$ 5,44 bilhões ao fim de maio.
No segmento de juros, moedas e mercadorias, o volume somou R$ 3,78 bilhões, um recuo de 0,8% na comparação anualizada. O destaque ficou por conta das commodities, que subiram 110,4%, de R$ 11 milhões para R$ 23 milhões. As taxas de juros em reais, por sua vez, caiu 4,5%, para R$ 2,51 bilhões. Na comparação com abril, o segmento recuou 4,6%.
Já no segmento de balcão, as novas emissões de renda fixa somaram R$ 1,04 bilhão, incremento de 8,9%. Os estoques ficaram em R$ 3,73 bilhões, avanço de quase 10% frente ao mesmo período do ano anterior.
As emissões de derivativos caíram 7,5%, para R$ 875,5 milhões. Os estoques somaram R$ 4,92 bilhões, alta de 20,3%.
Concorrência da B3 no radar
Ao autorizar a Mark 2 Market a atuar como central depositária de recebíveis do agronegócio, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu a caminho para que a B3, hoje monopolista no mercado brasileiro de Bolsa, ganhe concorrentes.
A empresa acredita que, com uma estrutura de depósito e liquidação de títulos bem desenvolvida, poderá vir a prestar serviços a uma potencial Bolsa concorrente da B3 — uma antiga demanda dos participantes do mercado.
Em pouco mais de uma semana, a empresa B3 encolheu R$ 8 bilhões em valor de mercado, resultado de uma queda de quase 10% das ações nos últimos 30 dias, enquanto o Ibovespa renovava máximas históricas.
Os últimos dias também foram marcados pelos rumores de que a XP poderia fazer frente à B3 com uma nova Bolsa, em função da sua capilaridade no mercado de capitais local. Após a saída de José de Menezes Berenguer, presidente do Banco XP, do conselho da B3, a corretora disse que estava montando uma plataforma de criptomoedas, mas o mercado ficou com a sensação de que há mais do que isso por trás das câmeras.