A B3 (B3SA3) reportou lucro líquido recorrente de R$ 1,153 bilhão no terceiro trimestre deste ano, queda de 10,7% em comparação ao mesmo intervalo do ano passado e de 5,5% frente ao segundo trimestre.
O lucro líquido recorrente da B3, excluindo Neoway, foi de R$ 1,17 bilhão, representando uma queda de 9,1% frente ao terceiro trimestre de 2021 e de 5,4% frente ao segundo trimestre. O lucro líquido atribuído aos acionistas da B3 atingiu R$ 1,029,1 bilhão, uma queda de 12,5% em 12 meses.
O Ebitda recorrente da B3 (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1, 671 bilhão, queda de 8,2% frente ao terceiro trimestre de 2021 e alta de 0,2% em relação ao segundo trimestre. A margem Ebtida caiu de 80,7% no terceiro trimestre do ano passado para 74% neste último trimestre.
As receitas totais da B3 somavam R$ 2,5 bilhões, 0,1% abaixo do terceiro trimestre do ano passado e 1% acima em relação ao segundo trimestre. No segmento listado, as receitas caíram 7,4% em 12 meses para R$ 1,6 bilhão no terceiro trimestre.
A B3 afirma, no release de resultado do 3T22, que o cenário adverso no exterior e de juro elevado no Brasil, somado à volatilidade causada pelo período eleitoral teve diferentes impactos em seu negócio.
“No segmento listado, o cenário de juros mais altos contribuiu para a queda no volume financeiro médio diário negociado (ADTV) de ações, que totalizou R$ 26,2 bilhões no trimestre, uma queda de 17,0% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Na comparação com o segundo trimestre, a queda de 9,2% no ADTV de ações é explicada pela sazonalidade do período, que afetou principalmente o mês de julho, com os volumes se recuperando nos meses subsequentes”, diz a bolsa.
No segmento de derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 4,6 milhões de contratos, 1,9% abaixo do mesmo intervalo de 2021 e ficou 5,7% acima do trimestre anterior.
B3: emissão de debêntures no valor de R$ 3 bilhões
No segmento de balcão da B3, as taxas de juros mais elevadas favoreceram os volumes, com destaque para o crescimento de 30,9% no estoque de instrumentos de renda fixa e de 32,8% no estoque do Tesouro Direto. “Dessa forma, o impacto sentido pelos negócios mais cíclicos foi praticamente neutralizado pelo desempenho dos demais segmentos, reforçando a eficiência da diversidade do modelo de negócios da B3”, diz a bolsa.
O resultado financeiro ficou negativo em R$ 50,1 milhões no terceiro trimestre. As receitas financeiras atingiram R$ 406,1 milhões, aumento de 55,4%, explicado pelo aumento na taxa de juros. Na comparação com o segundo trimestre, a queda de 9,9% nas receitas financeiras reflete menor posição de caixa próprio devido principalmente à antecipação do pagamento das debêntures da 3ª emissão no valor de R$ 3,55 bilhões.
A B3 diz que esse pagamento foi parcialmente compensado pela 6ª emissão de debêntures no valor de R$ 3 bilhões, pela menor posição de caixa de terceiros ao longo do trimestre e pelo menor rendimento de títulos públicos atrelados à inflação. As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 439,1 milhões, aumento de 130,7%, em consequência do aumento da taxa de juros e por efeitos decorrentes da liquidação antecipada da debênture da 3ª emissão.
Com Estadão Conteúdo