A B3 (B3SA3) começou a ser investigada pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por supostas práticas anticoncorrenciais. De acordo com informações divulgadas nesta sexta (17), o órgão quer saber se a Bolsa brasileira usa seu monopólio para excluir concorrentes do mercado de registros.
De acordo com informações publicadas pelo jornal Valor Econômico, a investigação do Cade contra a B3 partiu de uma denúncia da CSD BR, empresa concorrente da Bolsa no mercado de registro de ativos financeiros e valores mobiliários.
A denúncia da CSD BR argumenta que a B3 usaria do seu monopólio nos mercados de negociação, clearing, sistemas de liquidação e de depósito de ativos financeiros para “favorecer artificialmente sua posição dominante nos demais mercados relacionados”.
Segundo a publicação, a CSD visa concorrer com a B3 no Brasil e afirma que a Bolsa brasileira faz venda casada, concede descontos condicionados e coloca cláusulas de exclusividade nas suas relações contratuais “com o intuito de fechar mercados e excluir seus concorrentes efetivos e potenciais”.
B3 investigada, e agora?
Com a investigação em curso, o Cade analisará se existem indícios da suposta infração por parte da B3. Caso sim, um processo administrativo contra a Bolsa será aberto. Caso não, esse inquérito será arquivado.
Procurada pelo Suno Notícias, a B3 disse que “zela pelas melhores práticas concorrenciais em todos os mercados nos quais atua” e que fornecerá todas as informações solicitadas pelo Cade. Confira o posicionamento na integra:
A B3 informa que zela pelas melhores práticas concorrenciais em todos os mercados nos quais atua. Todas as informações eventualmente solicitadas pelo Cade serão fornecidas dentro dos ritos e prazos estabelecidos pelo órgão.
Por volta das 11h25, as ações da B3 eram negociadas em queda de 3,79%, ao preço de R$ 11,41. De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, os papéis acumulam uma desvalorização de 16,68%.