B3 (B3SA3): investidores estrangeiros sacaram R$ 8,4 bi em julho
A B3 (B3SA3) informou nessa terça-feira (4) que o fluxo de investimentos estrangeiros foi negativo em R$ 8,408 bilhões em julho desse ano. Trata-se do maior volume registrado em um mês desde março, quando sacaram R$ 24,2 bilhões.
De acordo com a B3, o saldo negativo de julho resultou de R$ 288,66 bilhões em compras enquanto as vendas de ações ficaram em R$ 297,07 bilhões.
Em uma entrevista ao jornal Valor, o estrategista e chefe de analise do Itaú BBA, Marcos Assumpção, explicou que o principal investidor da bolsa brasileira continua sendo o local. Isso se deve à:
- baixa histórica na taxa de juros, em 2,25% ao ano;
- cautela do estrangeiro em relação aos riscos do Brasil, principalmente o baixo crescimento econômico e a elevada disseminação do coronavírus (covid-19);
Com isso, no acumulado desse ano, o saldo de investimento estrangeiro na Bolsa de Valores Brasileira é negativo em R$ 84,91 bilhões, ou seja, os investidores estrangeiros retiraram R$ 84,91 bilhões do mercado acionário brasileiro. De forma comparativa, em todo ano passado, os estrangeiros retiraram R$ 44,5 bilhões.
Por sua vez, o investidor institucional anotou fluxo negativo de R$ 1,362 bilhão no mês passado, embora o saldo esteja positivo em R$ 31,617 bilhões no acumulado do ano.
Na contra-mão, os investidores pessoa física anotaram um saldo positivo de R$ 9,62 bilhões na Bolsa, enquanto no acumulado do ano esse saldo também é positivo em R$ 49,59 bilhões.
Em julho, o Ibovespa, maior índice acionário da bolsa brasileira, apresentou uma alta de 8,27%. O forte desempenho vem em seguida da alta de 8,76% em junho.
Em junho, fluxo de estrangeiros na B3 é positivo em R$ 343 milhões
De acordo com a companhia, o fluxo de investimentos estrangeiros foi positivo em R$ 343 milhões, em junho desse ano.
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Segundo a B3, o saldo positivo de junho resultou de R$ 318,67 bilhões em compras enquanto as vendas de ações ficaram em R$ 318,32 bilhões. Vale destacar que os investidores externos foram atraídos pela desvalorização do cambio, bem como pelo baixo preço das ações no mês passado.