B3 (B3SA3) lança índices de empresas privadas e estatais
A B3 (B3SA3) lançará dois novos índices derivados do Ibovespa, conforme comunicado pela companhia nesta quinta-feira (3).
Serão: Ibovespa B3 Estatais (IBEE) e o Ibovespa B3 Empresas Privadas (IBEP).
Já a partir da segunda-feira (7) os novos índices da B3 estarão disponíveis.
Segundo a empresa que opera a bolsa de valores, ambos os índices foram criados para destacar a performance de ativos privados e estatais dentro do Ibovespa.
Ou seja, para integrar algum dos dois índices, os ativos devem estar na carteira do Ibovespa.
O método para inserir ou retirar ativos das carteiras desses índices é o mesmo do Ibovespa.
Haverá rebalanceamento a cada quatro meses.
“Existe uma crescente demanda no mercado por análises mais detalhadas de partes específicas da carteira do Ibovespa B3, que é o principal indicador do mercado brasileiro. Com os novos índices, o investidor terá mais um termômetro para verificar o movimento do mercado, olhando para diferentes categorias de empresas listadas”, afirma Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3.
B3 ‘escapou’ de multas? Veja impacto
Recentemente a B3 informou que o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidiu em seu favor, exonerando multas que somam R$ 268 milhões.
As multas da B3 tem como data base o dia 30 de junho deste ano.
Especialistas do Goldman Sachs, contudo, destacam que o Carf manteve o questionamento de prejuízos fiscais de R$ 782 milhões – o que seria um ponto negativo.
Os analistas ainda acrescentaram que a empresa que administra a bolsa de valores entrará com um recurso especial sobre o mérito e observa que a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional pode apresentar um recurso especial sobre as multas.
Ou seja, a decisão não é definitiva.
“A companhia reafirma seu entendimento de que o ágio foi constituído regularmente, em estrita conformidade com a legislação fiscal”, disse a B3SA3 em seu comunicado.
O processo todo que envolve a B3 iniciou em meados de 2019, quando o Carf acatou recurso da Procuradoria Geral da Fazenda. Os órgãos públicos questionam uma amortização de 2017 de um ágio gerado em 2008 por conta da incorporação da Bovespa.