O Goldman Sachs elevou sua recomendação para a B3 (B3SA3) de “neutra” para “compra”, citando fatores como um dividend yield atraente, recuperação no crescimento de receitas e boas margens Ebitda.
O preço-alvo do Goldman Sachs para as ações da B3 (B3SA3) é de R$ 12, o que implica um potencial de alta de cerca de 23%.
A casa afirma que as ações B3SA3 estão sendo negociadas a 10x o lucro esperado para 2025, o que representa um desconto significativo em relação à média histórica de 15 anos (17,4x) e à média dos pares globais (21,6x).
Além disso, diz o Goldman Sachs, o rendimento de dividendos da B3 estimado em 10% para 2025 é o mais alto entre os pares globais.
A casa cita que, nos últimos anos, a B3 vem reduzindo sua dependência de receitas relacionadas às ações, que representavam 42% das receitas em 2021 e devem cair para 29% em 2024. Esse movimento foi impulsionado pelo aumento de participação de receitas de derivativos, renda fixa (FICC), tecnologia e dados.
O relatório destaca as aquisições da Neoway e Neurotech, que ampliaram a relevância dos segmentos de tecnologia e serviços.
Assim, o Goldman Sachs projeta um crescimento de receitas da B3. Isso porque, enquanto as receitas de ações devem se estabilizar, os derivativos podem crescer em dígitos médios e outros segmentos, como dados e tecnologia, devem apresentar crescimento em dígitos duplos.
Por outro lado, diz o relatório, a empresa enfrenta riscos significativos, como o surgimento de novas bolsas concorrentes (ATG, A5X e Cerc) e a pressão sobre as margens devido às iniciativas de expansão. Outros fatores de risco incluem litígios pendentes relacionados a ágio e contingências cambiais, assim como a possibilidade de crescimento mais lento nas receitas de segmentos não relacionados a ações.
Em suma, a elevação da recomendação para “compra” reflete a confiança do Goldman Sachs na capacidade da B3 de manter margens robustas, expandir suas receitas em um ambiente mais diversificado e gerar valor significativo para os acionistas.
Embora riscos persistam, o atual nível de desconto em relação ao histórico e aos pares globais torna a B3 uma oportunidade atrativa, conclui o Goldman Sachs.