Em relatório recente, analistas do Itaú BBA reiteraram a recomendação de “compra” para as ações da B3 (B3SA3), destacando que a companhia teria boa exposição a um “Brasil melhor”, à medida em que os investidores esperam um cenário mais positivo para a economia brasileira.
No texto, o Itaú BBA pontuou que a B3 “oferece exposição de alta qualidade ao ciclo de queda das taxas no Brasil, especialmente numa base de risco/recompensa para grandes bancos”, com forte impulso de lucros. A instituição sugere aproveitar o recuo recente dos papéis como ponto de entrada.
Além disso, à medida em que as taxas de juros caem, espera-se que a dinâmica da indústria de fundos local melhore, o que levaria a melhores volumes para a B3, diz o Itaú.
“É provável que as taxas de juros menores afetem os mercados de capitais antes de terem um impacto positivo nos ciclos econômico e de crédito. Os bancos também correm maior risco devido à política relacionada com o crédito”.
Com perspectiva de revisões de lucros e um menor prêmio de risco Brasil, o Itaú considera a B3 com desconto de 30% frente a players globais, e de 13% frente a seu histórico. “A diferença geralmente diminui com taxas de juros de longo prazo mais baixas no país”.
O Itaú BBA atualizou o preço-alvo de R$ 17,00 em 2023 para R$ 18,00 em 2024.
B3 (B3SA3) e Microsoft (MSFT34) estão desenvolvendo um “ChatGPT para investimentos”
A B3 iniciou projeto com a Microsoft (MSFT34) para criar um ChatGPT de investimentos. A ideia é que o aplicativo de inteligência artificial (IA) tire dúvidas sobre conceitos de investimentos e finanças pessoais.
Segundo o Valor Econômico, a novidade sobre o “ChatGPT de investimentos” foi anunciada por Felipe Paiva, diretor de relacionamentos com clientes da B3, na Anbima Summit, evento realizado nesta quinta-feira (17).
Na ocasião, o executivo anunciou que a IA da B3 será lançada em breve, com customização das respostas conforme interação com usuário. Além disso, está no radar da empresa lançar ferramentas que automatizem o cálculo do Imposto de Renda (IR).
Outro ponto informado por Paiva é a criação de cartões-presente de investimentos a fim de presentear pessoas em parceria com o Tesouro Direto. Todos os anúncios visam atingir principalmente a população jovem que, segundo dados da B3, correspondem a 49% dos investidores.
B3 (B3SA3) encolhe lucro em 3,6% para R$ 1,052 bilhão no 2T23
A B3 divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre, apresentando um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 1,052 bilhão, indicando uma queda de 3,6% em relação ao período anterior.
Se forem excluídos itens não recorrentes, como despesas de M&A, outras receitas não recorrentes, impactos fiscais e amortização de intangível, o lucro líquido da B3 teria alcançado R$ 1,168 bilhão, registrando uma diminuição de 4,3%.
Enquanto isso, o lucro líquido recorrente ajustado apresentou uma queda de 12,9%, influenciada pelo término da amortização fiscal do ágio da combinação de negócios com a Cetip.
O Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu o total de R$ 1,632 bilhão, indicando uma diminuição de 2,2%. A margem correspondente foi de 73,6%, em comparação aos 74,4% registrados um ano antes.
A receita líquida da empresa totalizou R$ 2,230 bilhões, exibindo um decréscimo de 0,5%, enquanto as despesas apresentaram um aumento de 2%, somando R$ 859 milhões.
O resultado financeiro da B3, por sua vez, apresentou uma virada, ficando positivo em R$ 102,8 milhões, em contraste com uma cifra negativa de R$ 15,3 milhões registrada no mesmo período do ano anterior.