A B3 (B3SA3) está avaliando realizar uma emissão de títulos de dívida no mercado internacional, segundo um fato relevante divulgado na manhã desta sexta-feira (10).
A companhia informou que os recursos captados no exterior seriam utilizados para a “gestão ordinária dos negócios da empresa”. As conversas da B3 com potenciais investidores visando a operação começam hoje.
Segundo o comunicado, a potencial emissão busca “diversificar as fontes de captação da companhia e está alinhada com sua estratégia de otimizar a gestão e custo do endividamento“. A atenção também fica sobre a alavancagem financeira.
Caso a operação seja realizada, segundo a companhia, a relação da dívida bruta e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente de 12 meses poderá ultrapassar 1,5 vez.
“Com isso, sujeito à efetivação da operação, o guidance de alavancagem financeira para 2021 deverá ser revisado para 2 vezes”, comentou a empresa.
A efetiva realização da operação “está sujeita, dentre outros fatores, às condições de mercado, interesse de potenciais investidores, e aprovações societárias necessárias.”
Ativa recomenda compra das ações da B3
Segundo a Ativa Investimentos, o mercado de capitais brasileiro está sofrendo uma grande transformação e, nesse contexto, a B3 se destaca.
“Mais do que resiliente, a empresa se mostra anti-frágil em momentos de extrema volatilidade”, afirma em relatório de recomendação divulgado na última segunda-feira (6).
A corretora reiterou sua recomendação de compra para as ações B3SA3, porém, o preço-alvo passou por revisão. De R$ 22 na última recomendação para R$ 19 nesta, com potencial de valorização de 39,3% com base na cotação de fechamento de ontem (R$ 13,63).
A corretora acredita que a B3 possui uma receita diversificada e verticalizada, além do monopólio nacional na negociação e pós-negociação de ativos de renda variável no mercado brasileiro.