Após avaliar a prévia operacional da B3 (B3SA3), o Bank of America reiterou a recomendação de compra das ações da empresa, com preço alvo reduzido de R$ 18 para R$ 14 — ante a cotação deste segunda (18) de R$ 10,27.
Os analistas incluíram o modelo de lucros divulgado recentemente nos números operacionais do 2T22 da B3.
“A B3 está sendo negociada em 12,7 vezes sobre a expectativa de 2023 de P/L, que está abaixo do múltiplo da B3 durante o último ciclo de alta (2013-2016) de 14 vezes e bem abaixo dos pares internacionais”, diz o relatório.
O Bofa aponta que o fluxo de caixa e o Ebitda da B3 estarão em linha com as estimativas do banco. O primeiro, de R$ 1,4 bilhão, representa aproximadamente variação de +1% na comparação anual e estabilidade com o trimestre anterior. O segundo, de R$ 1,6 bilhão, uma queda de 15% ano a ano e -4% em relação ao 1T22.
“Esperamos receitas 1% acima de nossas estimativas, enquanto as ações ADTV (average daily trading volume, o que, em português, significa volume médio de negociações diárias) devem ficar em linha com nossas estimativas”, diz o relatório do BofA sobre a B3. Mais: a infraestrutura para financiamento está em linha com as expectativas.
No ponto a ponto, o banco de investimentos relembra as projeções:
- Ações: ADTV da B3 (Volume Médio de Negociações Diárias, em português) atingiu R$ 28,0 bilhões, diminuição de 16% na comparação com o 2T21 e -10% sobre o 1T22, ainda em linha com a projeção. “O número sugere turnover velocity de 153% no trimestre (em linha com o BofAe e inferior a 164% no 1T22)”;
- FICC (fixed income, currency and commodities, siga em em português para renda fixa, moedas e commodities)): ADV (contratos negociados por dia) contraiu 5% contra o trimestre imediatamente anterior e 2% anualmente, alinhado com as estimativas. “Pelo lado positivo, a RPC (receita por contrato) foi de R$ 2,02, 6% melhor do que nossa projeção, respaldada pela maior participação dos contratos de câmbio (maior RPC)”;
- OTC: Melhor que as expectativas, impulsionado por custódia de renda fixa, que cresceu 32% a/a e 8% acima da projeção do BofA, e registro de derivativos, 26% A/A e 10% acima do esperado.
B3 (B3SA3) registra queda de 8,4% no volume diário em junho, para R$ 27,7 bilhões
A B3 (B3SA3) registrou volume financeiro médio diário de R$ 27,7 bilhões em junho, equivalente a uma queda de 8,4% na comparação como mesmo mês em 2021.
Em relação a maio de 2022, houve queda de 8,7%. A B3 divulgou os valores em seus destaques operacionais nesta segunda-feira (11). Os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 26,7 bilhões na média diária, queda anual de 25,5%, e valorização mensal de 9,0%.
O número total de contas na depositária chegou a 5,2 milhões, 36,5% a mais que em junho de 2021. Em relação aos números de maio, a B3 apurou crescimento de 1,1%. Os investidores pessoas físicas somaram 4,4 milhões, alta anual de 38,8% e mensal de 1,2%.
O número de empresas listadas passou de 439 para 449 em 12 meses. A capitalização de mercado recuou 25,5% na mesma base de comparação e diminuiu 4,6% em um mês, para R$ 4,289 trilhões.
Cotação
A ação da B3 fechou em alta de 2,39%, cotada a R$ 10,27. No acumulado do ano, cai 4,66%.