A B3 (B3SA3) estreia no mercado de títulos de dívida internacional nesta quarta-feira (15), com a emissão de bonds atreladas a metas sociais. A bolsa brasileira busca captar US$ 500 milhões em sustainability-linked notes de 10 anos, segundo reportagem do Brazil Journal.
A última emissão de dívidas em dólares feita pela empresa ocorreu há mais de 10 anos, quando a B3 ainda se chamava BM&F, em julho de 2010. Nessa nova captação, metas de sustentabilidade e diversidade estão atreladas às taxas dos papéis.
Os compromissos que a B3 assumirá nos bonds incluem alcançar 35% de presença feminina em cargos de liderança até dezembro de 2026 e criar um índice de diversidade até dezembro de 2024. Atualmente, a Brasil, Bolsa, Balcão tem cerca de 28% de mulheres em postos de lideranças.
De acordo com o Brazil Journal, se as metas não forem cumpridas, será gerado um aumento na taxa dos títulos. As verificações serão feitas em 2025 e em 2027, e cada uma delas prevê penalização de 12,5 pontos-base na taxa se for verificado descumprimento.
Os bonds da B3 têm ratings Ba1 da Moody’s e BB da Fitch. O yield indicativo para a emissão é acima de 4,5% e a bolsa brasileira vai usar os recursos para propósitos gerais, informa o Brazil Journal.
Itaú BBA, JPMorgan, Bradesco BBI, Citi e MUFG são os coordenadores da emissão.
BTG recomenda compra da B3 após dados de agosto
Os volumes financeiros de agosto da B3 melhoraram após a queda apresentada em julho, o que levou o BTG Pactual (BPAC11) a aumentar suas expectativas para o terceiro trimestre.
“Nós decidimos incluir a B3 em nossa carteira recomendada de ações brasileiras e reiterar nossa recomendação de compra ao preço-alvo de R$ 21,00″, diz relatório divulgado nesta segunda-feira (13).
O volume financeiro que o banco menciona são os R$ 34,031 milhões movimentados na B3 diariamente durante agosto. O valor é 17,3% maior do que o volume de julho (R$ 29,011 mi).
Além disso, o número de investidores aumentou 1,5% de um mês para o outro, e agora soma 3.294.212 de CPFs individuais. As empresas listadas na B3 passaram de 449 em julho para 455 em agosto, aumento de 1,3%.
“No geral, considerando os dados, esperamos um terceiro trimestre em linha à frente, embora com alguma variação entre os segmentos”, diz o BTG.
Última cotação
Às 13h40 desta quarta-feira (15), a cotação da B3 no Ibovespa caía 1,27%, com as ações B3SA3 sendo negociadas a R$ 13,96.
Nos últimos 12 meses, as ações da B3 acumulam desvalorização de 22,51%, com a cotação máxima em R$ 20,69 e a mínima em R$ 13,07.