B3 (B3SA3) lança 1º índice de dividendos do Ibovespa; carteira tem Taesa (TAEE11), Vale (VALE3) e mais 19 empresas
Nesta sexta-feira (28), a bolsa de valores brasileira, a B3 (B3SA3) lançará o primeiro índice de dividendos vinculado ao Ibovespa – que completa 55 anos.
Desenvolvido em conjunto com a Nu Asset, gestora de fundos do Nubank, o Ibovespa Smart Dividendos, ou IBSD, reunirá empresas que pagam maiores valores proporcionais em relação ao preço da ação.
Além do dividend yield (DY), o índice incluirá frequência e valor constantes ao longo dos anos.
“O primeiro filtro é integrar o Ibov, estar dentre os 85 ativos da carteira. O segundo versa sobre os dividendos. Estamos pegando os 21 que mais pagam dividendos, com uma média ponderada dos últimos 6 anos, dando um peso maior para os anos recentes. Além disso, integramos as companhias que têm normalização de pagamentos extraordinários, para manter constância”, explica Henio Scheidt, gerente de Índices da B3.
A primeira carteira, que vigora até 29 de dezembro de 2023, terá 21 empresas.
Assim como nos demais índices da B3, o rebalanceamento acontece a cada 4 meses, para adequar a composição aos critérios estabelecidos na metodologia.
A carteira poderá ser acessada no site da B3.
Caso existisse desde 2013, o Ibovespa Smart Dividendos B3 teria acumulado uma variação positiva de 142% até o final de agosto desse ano. No mesmo período, o Ibovespa B3 obteve variação positiva de 87%.
Veja a carteira do Índice de Dividendos da B3
- Taesa (TAEE11)
- Telefônica (VIVT3)
- BB Seguridade (BBSE3)
- Santander (SANB11)
- Engie (EGIE3)
- Itaúsa (ITSA4)
- Banco do Brasil (BBAS3)
- Bradespar (BRAP4)
- Cemig (CMIG4)
- Copel (CPLE6)
- CPFL (CPFE3)
- CSN (CSNA3)
- Vale (VALE3)
- Gerdau (GGBR4)
- Vibra (VBBR3)
- Cyrela (CYRE3)
- Metalúrgica Gerdau (GOAU4)
- Cielo (CIEL3)
- Petrobras (PETR4)
- CSN Mineração (CMIN3)
- Marfrig (MRFG3)
Nubank terá ETF baseado em índice que paga proventos
O Nubank (ROXO34), em mais um esforço em cativar o público investidor, lançará o primeiro ETF que paga dividendos baseado justamente no índice.
O mercado a ser desbravado pela casa ainda é relativamente incipiente, com US$ 9 bilhões movimentados em agosto por meio de ETFs, ante US$ 10,6 trilhões nos EUA.
“No início do ano a regulação passou a permitir que ETFs paguem dividendos, e cada vez mais a renda passiva tem conquistado espaço dentre investidores, especialmente pessoa física. Foi quando trouxemos a B3 para a conversa, porque os primeiros ETFs precisavam ser criados com foco nos dividendos. E criamos o índice a partir do Ibovespa, em parceria com B3, que aceitou o desafio de compor um novo índice”, afirma Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset Management.
Kikuchi, da Nu Asset, explica que a ideia vai em linha com as estratégias da casa de pensar em soluções de investimentos.
“Queremos ir além da base Nu. O principal ponto aqui é inovação. Os investidores poderão investir buscando dividendos, e com um deles atingindo uma renda passiva”, destaca o diretor do Nubank.