B3 (B3SA3): BTG mantém ‘neutra’ após dados acima do esperado
O BTG Pactual divulgou um novo relatório sobre a B3 (B3SA3) com base nos números operacionais de novembro, revelando um cenário ligeiramente acima das projeções para o quarto trimestre de 2023.
O desempenho da B3 nos dois últimos meses, de acordo com a casa, aponta para uma receita líquida melhor do que o esperado, apesar de algumas pressões específicas em segmentos como derivativos listados.
Confira os principais destaques operacionais da B3, segundo o BTG Pactual
- Aumento no Volume Médio Diário (ADTV) de Ações: Em novembro, o ADTV no segmento de ações cresceu 19% em relação ao mês anterior, atingindo R$ 26,4 bilhões. Apesar da alta mensal, o indicador permanece 4% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
- Derivativos e Renda Fixa: O volume médio diário de futuros (ADV) registrou leve alta mensal de 2%, mas ainda está 20% abaixo do trimestre anterior. Por outro lado, os volumes de registro de balcão (OTC) e custódia superaram as expectativas trimestrais do BTG, com aumentos anuais de 15% e 24%, respectivamente.
- Financiamento de Veículos: Apesar de uma queda mensal de 10%, o segmento avançou 12% na comparação anual, superando as estimativas do banco.
Segundo o BTG Pactual, a B3 enfrenta desafios decorrentes do cenário macroeconômico doméstico, com deterioração nas contas fiscais do Brasil e aumento nas taxas de juros de longo prazo.
Isso, diz a casa, impactou negativamente as ações B3SA3, que acumulam queda de 28% no ano, contra uma retração de 4% do Ibovespa.
Apesar disso, o BTG destaca que a diversificação de receitas da B3 — abrangendo derivativos, renda fixa e análise de dados — proporciona maior resiliência em momentos de volatilidade.
Contudo, a casa manteve sua recomendação neutra para as ações da B3 (B3SA3), com preço-alvo de R$ 13,50, mas destacou um perfil de risco-retorno mais atrativo.
Por volta das 16h45 desta quarta-feira (11), a B3 operava em alta de 3,94% no Ibovespa, com as ações cotadas a R$ 10,56.