B3 (B3SA3) tem recuo de 1,9% no lucro líquido do 1T23, para R$ 1,216 bi

O lucro líquido recorrente da B3 (B3SA3) foi de R$ 1,216 bilhão no primeiro trimestre de 2023, queda de 1,9% em comparação ao mesmo intervalo de 2022 e alta de 5,6% frente ao quarto trimestre de 2022.

O lucro líquido atribuído aos acionistas, que exclui itens não recorrentes, ficou em R$ 1,089 bilhão, uma queda de 1,1% em doze meses e alta de 8,5% no comparativo trimestre.

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O balanço da B3 do 1T23, disponibilizado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conta com os seguintes números:

  • Receita líquida da B3: R$ 2.209 bilhões, queda de 3,3% ante 1T22;
  • Ebitda recorrente: R$ 1.622 bilhão, queda de 5,8% ante 1T22;
  • Lucro líquido da B3: R$ 1,089 bilhão, queda de 1,1% ante 1T22;

A margem Ebtida caiu para 73,4% no primeiro trimestre, de 75,4% no mesmo trimestre de 2022 e de 70,5% no quarto trimestre.

O lucro líquido da B3 veio acima do projetado pelo BTG Pactual (BPAC11), que estimava R$ 1.002 bilhão para a empresa. O Consenso Bloomberg previa um resultado de R$ 1.079 bilhão.

Segundo a Bolsa brasileira, nos primeiros meses deste ano ocorreu uma redução no volume financeiro médio diário negociado (ADTV) de ações à vista, que totalizou R$ 25,2 bilhões, queda de 19,2% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Nesse período a taxa de juros estava em trajetória de alta, porém em patamares mais baixos que o atual.

B3: recuo nas receitas em ações

As receitas totais da B3 somaram R$ 2,4 bilhões, 3,3% abaixo do primeiro trimestre de 2022 e 4,2% abaixo do quarto trimestre. Segundo o release de resultado, a queda foi puxada por contração nas receitas em ações e instrumentos de Renda Variável, parcialmente compensada pela performance positiva dos demais negócios da companhia.

A B3 cita ainda os efeitos positivos das iniciativas de ganhos de eficiência nas despesas, que caíram 0,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e 12,8% em relação ao quarto trimestre.

O segmento listado, a maior contribuição para as receitas, representando 62,5% do total, as receitas somaram R$ 1,548 bilhão, queda de 9,3% em 12 meses.

No mercado de balcão, as receitas cresceram 16,2% em 12 meses para R$ 349,5 milhões, representando 16,2% do total. Em tecnologia, dados e serviços, as receitas subiram 5,9% para R$ 461,2 milhões (18,7% do total).

As receitas com Infraestrutura para financiamento subiram 0,7% para R$ 110,7 milhões (4,5% do total).

O resultado financeiro da B3 ficou positivo em R$ 48,6 milhões no quarto trimestre, queda de 43,9% frente ao mesmo trimestre de 2021. As receitas financeiras atingiram R$ 426 milhões, aumento de 6,2%, explicado pelo aumento na taxa de juros, compensando o menor saldo médio em caixa. As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 396,7 milhões, aumento de 33,2%, explicado principalmente pelo aumento da taxa de juros.

O resultado financeiro da B3 ficou positivo em R$ 142,1 milhões no primeiro trimestre. As receitas financeiras atingiram R$ 493,6 milhões, aumento de 1,6%, explicado, principalmente, pelo resultado positivo na recompra de cerca de US$ 53 milhões relativos ao Bond 2031 durante o trimestre, parcialmente compensado pelo menor saldo médio em caixa. As despesas financeiras, por sua vez, somaram R$ 365,8 milhões, aumento de 5,4%, explicado pelo maior CDI médio no período.

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“No primeiro trimestre de 2023, o mercado de capitais global demonstrou preocupações com os sinais de instabilidade do setor bancário ao redor do mundo que, somadas à continuidade de juros e inflação em patamares elevados, fizeram com que as perspectivas de crescimento econômico nos países desenvolvidos fossem revisadas para baixo”, comentaram os gestores da B3.

No Brasil, as incertezas advindas da expectativa do mercado em relação ao novo arcabouço fiscal e seus impactos nas taxas de juros também contribuíram para o ambiente de alta volatilidade, com a taxa de juros mantida em 13,75% durante o trimestre.

Ações da B3 no Ibovespa

De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da B3 eram negociadas em alta de 10,65%.

No fechamento do pregão desta quinta, os papéis da B3 eram negociados em alta de 1,83%, a R$ 12,78.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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