B3 (B3SA3) deve passar a oferecer ações e derivativos no exterior
A B3 (B3SA3) está dando um passo rumo à internacionalização. Em breve, investidores estrangeiros poderão negociar ações e derivativos brasileiros em plataformas globais, ampliando o alcance do mercado nacional para além das fronteiras do país.
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A iniciativa, segundo o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, já está em estágio avançado e deve se concretizar nos próximos dois a três meses. Para viabilizar essa expansão, a B3 está em diálogo com grandes plataformas globais de investimento digital, e uma das possíveis parceiras desse movimento é a Interactive Brokers (IBKR), corretora conhecida por seu alcance internacional e amplo portfólio de ativos.
A negociação permitirá que investidores de fora tenham acesso facilitado a produtos financeiros brasileiros, o que pode fortalecer a liquidez do mercado nacional e atrair novos aportes estrangeiros. Com essa estratégia, a B3SA3 busca aumentar sua competitividade global e ampliar a participação de capital estrangeiro na bolsa brasileira.
Durante o anúncio, Finkelsztain abordou também o cenário para ofertas públicas iniciais (IPOs) no Brasil. O país está há mais de três anos sem novos IPOs, e, segundo o presidente da B3, a retomada dependerá de empresas sólidas, de setores tradicionais e com liquidez suficiente para atrair investidores.
O executivo acredita que, quando o mercado primário for reaberto, as companhias que estrearem na B3 precisarão demonstrar fundamentos robustos para conquistar a confiança dos investidores, em um ambiente que se tornou mais seletivo e exigente. Embora seja difícil prever se o Brasil voltará a ter IPOs em 2025, a perspectiva é de que apenas empresas maduras e bem estruturadas consigam abrir capital no atual contexto econômico, segundo o CEO da B3.