B3 (B3SA3): negociação de ações cai 13% em março e emissões de renda fixa avança 28%

A B3 (B3SA3) divulgou, nesta segunda-feira (11), seu relatório de destaques operacionais do mês de março. Segundo o documento, o volume financeiro médio diário de negociações no segmento ações recuou 12,6% no período, em comparação a março do ano passado.

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Porém, em relação a fevereiro deste ano, houve um avanço de 1,7% nas negociações de ações, com destaque para o mercado de opções, que avançou 17,1% do período.

O volume médio diário do segmento derivativos, que inclui negociação de câmbio, juros e commodities, caiu 3,9% na comparação anual, já na comparação mensal, o avanço foi de 25,5%. Neste segmento, o destaque ficou para commodities, principalmente na base de comparação anual, que registrou um aumento de 139,9% nas operações.

Segundo a prévia da B3, o segmento de Balcão, nas operações de renda fixa, também apresentou avanços significativos. Na base de comparação com março de 2021, as novas emissões aumentaram em 28%, enquanto o estoque subiu para 17,3%.

Já na base de comparação mensal, as novas emissões subiram 33,3%, e o estoque avançou pouco, apenas 2,4%.

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Onze companhias abertas deixaram a B3 no 1º trimestre

A B3 fechou o primeiro trimestre de 2022 com 452 companhias listadas, menor número desde julho de 2021 (449), segundo dados operacionais do período divulgadas nesta segunda-feira (11). Em dezembro, eram 463 empresas com ações no pregão – ou seja, houve uma saída de 11 companhias abertas neste ano.

Ausência de ofertas iniciais de ações (IPO) e operações de fechamento de capital e de incorporação explicam os números. “Em 2022, ano eleitoral, juros altos, guerra de pano de fundo e Ibovespa galgando altas puxado apenas por bancos e commodities, não há clima para IPOs”, avalia Danielle Lopes, analista da casa de análise Nord Research, em relatório sobre o cenário de IPOs para 2022.

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Na sua opinião, a chamada “era de ouro” dos IPOs ficou no ano passado, quando houve um total de 47 ofertas, maior número desde 2007 (35 operações). Só no primeiro trimestre de 2021, foram feitas 29 aberturas de capital na B3, acima do ano de 2020 inteiro (25).

“Os IPOs são estrategicamente feitos em momentos otimistas de mercado, quando todos estão pagando caríssimo pelas empresas. O fluxo do Ibovespa e de novas empresas até então pareciam ignorar um enorme problema que voltou a nos assolar: o risco da quebra do teto de gastos (fiscal) e as sinalizações de intervenção do governo em empresas estatais. De junho em diante, tudo veio à tona. Com o elevado medo do mercado de um governo gastão e irresponsável, junto ao aumento de juros para conter a inflação, os IPOs [na B3] começaram a perder força”, escreveu Lopes.

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Monique Lima

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