B3 (B3SA3) abre escritório em Singapura para ampliar presença na Ásia e Oceania
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) anunciou no evento B3 Talks, nesta quarta-feira (24), que seu novo escritório de representação será em Singapura, na Ásia. Hoje, a B3 já tem outros 3 escritórios internacionais, em Chicago, Londres e Xangai.
Em nota, a B3 explicou que o objetivo do escritório em Singapura é atender clientes da Ásia e da Oceania. Singapura foi escolhida por ser um importante centro financeiro asiático e geograficamente bem localizado, segundo a Bolsa, permitindo fácil acesso a países com potenciais clientes como Índia e Austrália.
O executivo à frente do novo escritório será Sérgio Gullo, que terá o cargo de diretor de desenvolvimento de Negócios Internacionais para Ásia e Oceania.
Gullo aponta que “a representação em Singapura tem o objetivo de aproximar a B3 das demais bolsas asiáticas, atender as demandas dos clientes daquela região e também mapear o potencial de novos clientes interessados em investir nos ativos brasileiros.”
Nandini Sukumar, CEO da Federação Mundial das Bolsas (WFE na sigla em inglês), acredita que haja muitas oportunidades para um mercado como a B3 e este é um momento interessante para estar presente na região. “É muito difícil satisfazer as necessidades dos mais diversos tipos de clientes da Ásia, de diferentes fusos horários. Assim, estabelecer um escritório de representação tem sido a maneira que grande parte dos mercados de infraestrutura tem usado na última década”, disse Sukumar.
B3 pode ser muito competitiva
Durante o evento, os executivos também conversaram sobre o potencial de mercados emergentes. Na avaliação de Gullo, tanto a B3, como os mercados brasileiros, podem ser muito competitivos. Para o executivo, “temos a infraestrutura, a expertise e estamos preparados para receber em nossos mercados grupos de trading proprietário internacionais em busca de novas oportunidades de negócios.”
Em nota, a Bolsa aponta que nos últimos cinco anos o Brasil ficou entre os mercados de derivativos que mais cresceram no mundo. Nesse cenário, no ano passado, a B3 teve o segundo maior volume de negociações de derivativos do mundo com 63% de aumento no volume comparado a 2019.
“Atualmente, os estrangeiros correspondem a 48% do volume do mercado de ações brasileiro, e 47% no mercado de derivativos, sendo que investidores de países asiáticos podem vir a ter grande representatividade nesse volume. Entre os produtos mais negociados pelos asiáticos na B3 estão ações à vista, opções de ações, futuro de equities e de taxa de juros, entre outros”, diz o comunicado.