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B3 (B3SA3) tem ações recomendadas pelo BofA após alteração na política de preços

B3 (B3SA3): Ibovespa

B3 (B3SA3): Ibovespa. Foto: Divulgação

O Bank of America (BofA) reafirma sua recomendação de compra para as ações da B3 (B3SA3), considerando as recentes alterações da política de preços da Bolsa de Valores brasileira como um movimento “importante” em um cenário de possível concorrência e volumes mais baixos. Com o foco voltado para a redução das taxas, o banco diz que mantém sua perspectiva otimista para as ações da B3 ON, esperando uma recuperação nos volumes de negociação ao longo do segundo semestre deste ano.

Segundo os analistas Mario Pierry e Antonio Ruette, o atual múltiplo preço/lucro por ação da B3, que está em torno de 13,3 vezes, substancialmente abaixo dos níveis observados nos últimos ciclos de flexibilização, que variaram entre 20 e 25 vezes, além de ser cerca de 40% inferior aos seus pares internacionais.

A nova política de preços da B3 inclui a cobrança de taxas de negociação e pós-negociação com base no volume médio diário negociado (ADTV) do mês anterior, independentemente do tipo de investidor. Além disso, no segmento de custódia, a empresa ajustou as tarifas de saldo de custódia, eliminou a tarifa de manutenção de Depositary Receipts (DR) e introduziu uma tarifa de saldo de custódia para investidores não residentes, isentando-os da taxa de manutenção de contas de custódia.

Com um preço-alvo de R$ 17 para as ações da B3 ON, o BofA estima um potencial de valorização de 52% em relação ao fechamento do último pregão, ocorrido na última sexta-feira (19). A ação da B3 é negociada hoje a R$ 11,27.

Volume médio diário da B3 no mercado de ações cai 5,6% em março na comparação anual

O volume financeiro médio negociado na B3 no segmento de ações apresentou uma queda de 7,2% em março deste ano em comparação com fevereiro, totalizando um montante de R$ 24,558 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a queda foi de 5,6%.

Apesar da queda no volume financeiro na B3, a empresa encerrou o mês com 5,938 milhões de contas na depositária, registrando um avanço de 0,6% em 12 meses. O número de investidores individuais atingiu 5,094 milhões, representando um aumento de 0,6%. A quantidade de empresas listadas permaneceu estável em 443.

capitalização média de mercado da B3 estava em R$ 4,586 trilhões, apresentando uma queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No segmento de futuros, que engloba juros, moedas e mercadorias, o volume médio diário registrou um aumento de 15,3% na base anual, atingindo R$ 7,287 bilhões. Por outro lado, a receita média por contrato apresentou uma queda de 4,4% em relação ao ano anterior.

No mercado de balcão, as novas emissões de renda fixa da B3 aumentaram 7,2% na comparação anual, totalizando R$ 1,382 trilhão. No entanto, o estoque apresentou uma leve queda de 0,1%, ficando em R$ 6,244 trilhões.

Lucro da B3 cai 8,8% no 4T23

No quarto trimestre do ano passado (4T23), a B3 registrou uma queda de 8,8% no lucro, que totalizou R$ 915,5 milhões. Fatores como a redução da receita e o aumento das despesas, especialmente relacionadas ao processamento de dados, contribuíram para esse resultado, conforme balanço da empresa.

A receita da operadora da bolsa caiu 2,8%, alcançando R$ 2,24 bilhões, refletindo uma movimentação mais fraca no mercado acionário, que impactou negativamente o segmento listado.

Esse segmento, que corresponde a quase 57% da receita total da B3, engloba não apenas ações, mas também instrumentos de renda variável, juros, moedas e mercadorias. A queda de 13,5% na receita desse segmento não pôde ser compensada pelo aumento na receita de outros segmentos de atuação, como balcão e tecnologia, dados e serviços.

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