Azul (AZUL4) reverte lucro e reporta prejuízo líquido de R$ 2,62 bilhões no 2º trimestre
A Azul (AZUL4) reajustou o prejuízo líquido para R$721,4 milhões no segundo trimestre de 2022, segundo os dados do segundo trimestre divulgados nesta manhã (11). O prejuízo líquido da companhia foi de R$2,62 bilhões, revertendo os ganhos de R$1,07 bilhão registrados no 2T21.
O EBITDA da companhia aérea do trimestre foi de R$16,6 milhões, com margem de 15,7%. Se adicionados os ganhos de hedge de combustíveis do segundo trimestre da Azul de R$250 milhões, o EBITDA alcançaria R$879,6 milhões, 20% maior do que o 2T19, com margem de 22,4%.
A receita de passageiros atingiu R$ 3,5 bilhões no segundo trimestre, alta de 151% na comparação anual. Já a receita de cargas e outros totalizou R$ 366,3 milhões no período, alta de 28,6% anual. O lucro operacional da Azul no segundo trimestre foi de R$ 136,5 milhões, margem de 3,5%.
A receita líquida da Azul bateu recorde no 2T22, atingido R$3,9 bilhões, 131% acima do 2T21 e 50% em comparação ao 2T19, a companhia destacou que este é o terceiro trimestre consecutivo que a receita líquida ultrapassa patamares pré-pandemia.
As despesas operacionais da Azul somaram R$3,8 bilhões neste trimestre, crescimento de 80.2% frente ao mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia aérea, o aumento das despesas se deu, principalmente, pela alta dos combustíveis de aviação que chegaram a subir 80,9%.
“Incertezas geopolíticas levaram ao aumento dos preços dos combustíveis e à desvalorização do real brasileiro, mas demonstramos mais uma vez nosso aumento de capacidade disciplinado e focado em mercados onde já somos fortes”, destacou o CEO da Azul S.A, John Rodgerson,
Endividamento e dívida bruta da Azul
A dívida líquida apresentada no balanço da Azul foi de R$ 16,892 bilhões, crescimento de 7,3% na comparação com o mesmo período de 2021.
A dívida bruta da Azul cresceu 8,2% em comparação com o 1T22, chegando a R$ 1.652,9 milhões. O principal agente dessa alta foi a depreciação de 10,51% do real no período, além dos R$151,7 milhões gastos com novas aeronaves e motores, que entraram na frota durante o trimestre.