Azul pretende investir R$ 6 bilhões ao ano até 2022
O presidente-executivo da Azul (AZUL4), John Rodgerson, afirmou, nesta terça-feira (10), que a aérea pretende investir cerca de R$ 6 bilhões por ano durante os próximos três anos.
De acordo com Rodgerson, os investimentos serão destinados para ampliar o número de destinos da companhia. Além disso, os recursos servirão para aumentar a quantidade de aeronaves da Azul em operação.
“Vamos operar 31 novas aeronaves em 2020, e só nisso devemos investir cerca de 1,5 bilhão de dólares. Nos próximos dois a três anos, vamos investir 6 bilhões de reais por ano”, afirmou o executivo.
Os investimentos farão com que os modelos Embraer E2, Airbus A321 e A320neo sejam os principais aviões da companhia. O Embraer E195, principal aeronave da empresa atualmente, deverá ser completamente substituído até 2023.
O executivo ressaltou que as novas aeronaves possuem custo menor por assento. Com isso, a aérea pretende iniciar suas operações em cidades menores que antes não eram consideradas lucrativas.
“São pelo menos duas aeronaves novas por mês, com mais assentos e que voam mais horas por dia”, salientou o presidente-executivo.
Prejuízo registrado pela Azul
No terceiro trimestre deste ano, a Azul registrou prejuízo líquido de R$ 438 milhões. No mesmo período do ano passado, a companhia aérea registrou um prejuízo de R$ 47,8 milhões.
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Em termos ajustados, desconsiderando a variação cambial, a companhia teve lucro de 441,4 milhões, um aumento de 57% em relação ao terceiro trimestre de 2018. O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) acumulou R$ 935,8 milhões, uma alta de 24,4%.
Por sua vez, a margem Ebtida foi de 30,9%, uma queda de 0,3 pontos percentuais. A receita teve alta 25,5% totalizando R$ 3,03 bilhões. As despesas financeiras passou de R$ 600,4 milhões para R$ 1,18 bilhão.
“Encerramos o trimestre com 33 aeronaves de nova geração, representando 45% da nossa capacidade. Recebemos nosso primeiro Embraer E2 em setembro e sua performance está superando nossas expectativas. Esperamos ver uma redução consistente de nosso custo unitário nos próximos anos na medida em que avançamos em nosso processo de transformação da frota”, afirmou o presidente-executivo da Azul em relatório.