O presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, disse que a empresa não tem nenhum plano para aquisição da Avianca Brasil. Conforme afirmou nesta sexta (14), a companhia aérea vai aguardar o curso natural da recuperação judicial da rival.
No entanto, o fundador e presidente do conselho da Azul, David Neeleman, disse mais cedo ao jornal Valor Econômico que “analisa a possibilidade no curto prazo”. Para ele, a compra da Avianca Brasil seria feita com dinheiro disponível em caixa.
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Questionado pela Agência Reuters, Rodgerson declarou que a Azul tem obrigação de analisar o mercado, mas que “não tem nada acontecendo agora”. “O processo de recuperação judicial deles é bem novo. É capaz de, no futuro, darmos uma olhada, mas agora não tem nada em curso”.
O presidente-executivo também comentou as declarações de Neeleman. Disse que o fundador se referiu à forte posição financeira da Azul, de R$ 4,1 bilhões ao fim de setembro. “Isso não quer dizer que estamos fazendo alguma coisa”.
O pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil
A Justiça aceitou na última quinta (13) o pedido de recuperação judicial protocolado pela Avianca Brasil na segunda-feira (10). O pedido foi acolhido pelo juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi.
Empresas arrendadoras de aeronave pediram a retomada de 14 aviões, em uma negociação que envolve dívidas de R$ 500 milhões, conforme disseram executivos da Avianca.
Com a aceitação do pedido de recuperação judicial, portanto, a companhia aérea segue com as operações preservadas. No pedido judicial, a empresa disse que caso a reintegração de posse dos aviões fosse concretizada, representaria uma redução aproximada de 30% da frota. “[A reintegração de posse] Inviabilizará o atendimento aproximado de 77 mil passageiros entre 10 e 31 de dezembro que adquiriram as passagens aéreas”, informou.
A Avianca Brasil perdeu três aeronaves dias antes de entrar com o pedido de recuperação judicial. No entanto, a companhia aérea disse que manteve o controle de toda a frota.