A Azul S.A. (AZUL4) comunicou nesta segunda-feira (16) que, devido a pandemia de coronavírus, diminuirá sua capacidade de 20% para 25% em março e de 35% para 50% a partir de abril. A redução ficará em vigor até que a situação volte ao normal. A medida adotada tem como objetivo proteger a posição financeira da companhia aérea.
A aérea comunicou a suspensão de todos os voos internacionais, desconsiderando as viagens que saem do aeroporto de Viracopos, localizado em Campinas, interior de São Paulo.
Outra nova medida realizada pela aérea é a redução, em 25%, de salários do comitê executivo. Além disso, a Azul irá suspender novas contratações, adiar o pagamento da participação nos lucros e resultados referente a 2019 e seguirá com plano de licença não remunerada.
“Continuamos focados no ajuste da capacidade de acordo com a variação na demanda e na preservação de nossa posição de caixa durante esse período. Encerramos 2019 como uma das companhias aéreas mais rentáveis do mundo. Nossa forte posição de liquidez, combinada com a experiência e dedicação de nossa equipe, me dá confiança de que sairemos desta crise muito mais fortes como companhia aérea”, afirmou o diretor-presidente da Azul, John Rodgerson.
Lucro da Azul no 4T19
A Azul registrou lucro líquido de R$ 872,8 milhões no quarto trimestre do ano passado. O valor apresentado é 132% maior do que o do mesmo período de 2018.
O lucro líquido ajustado da terceira maior companhia aérea do Brasil entre outubro e dezembro de 2019 foi de R$ 436,7 milhões. No quarto trimestre de 2018, em termos ajustados, a Azul teve lucro de R$ 96,6 milhões. O avanço na comparação anual foi de 352%.
A receita da Azul avançou 33%, chegando a R$ 3,25 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve alta de 62%, para R$ 1,23 bilhão.
A margem operacional da Azul no quarto trimestre ficou em 24%, com uma alta de 6,6% em comparação ao último trimestre de 2018.
O resultado financeiro líquido da Azul no quarto trimestre teve ganho de R$ 61,1 milhões, em relação a um prejuízo financeiro de R$ 51,9 milhões no mesmo período do ano anterior. O resultado foi puxado por conta de um ganho de R$ 436 milhões no último trimestre de 2019 com variações monetárias e cambiais. O valor foi 56% maior do que o registrado no ano anterior.