Azul (AZUL4): Santander mantém neutra após balanço; veja motivos

A Azul (AZUL4) reportou seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024, e de acordo com a Santander Corretora, os números vieram em linha com as expectativas do mercado.

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Os analistas afirmam que a AZUL4 conseguiu melhorar significativamente sua rentabilidade, beneficiando-se da estabilidade do RASK na comparação anual e da redução do CASK, impulsionada por menores preços de combustível e por uma frota mais eficiente, apesar da desvalorização do real frente ao dólar no período.

A receita de passageiros da Azul expandiu 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada por um crescimento de 17% no RPK, refletindo um aumento de 11% no ASK e uma maior taxa de ocupação (+4,2 p.p.), mesmo com um yield 6% menor.

A companhia também reportou uma expansão de 10% na receita de outras operações, impulsionada pelo desempenho positivo dos segmentos de carga e turismo, além da melhora nas operações internacionais. No consolidado, o RASK permaneceu estável na base anual.

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O EBITDA da Azul atingiu R$ 2,0 bilhões, uma alta de 33% na comparação anual, com margem EBITDA de 35,2% (+6,0 p.p.). Esse desempenho foi impulsionado pela redução de aproximadamente 7% no CASK, devido principalmente à queda de 17% no preço do combustível e à maior eficiência da frota. No entanto, a desvalorização de 18% do real frente ao dólar impactou os custos, mantendo o CASK ex-combustível praticamente estável.

A alavancagem da Azul aumentou para 4,9x ND/EBITDA nos últimos 12 meses (vs. 4,4x no 3T24), reflexo da desvalorização cambial, que elevou as obrigações de leasing denominadas em dólar, apesar do bom desempenho operacional.

Conforme estimativas simplificadas de fluxo de caixa, a Azul gerou aproximadamente R$ 100 milhões de caixa no trimestre, considerando um impacto de R$ 200 milhões nas necessidades de capital de giro e R$ 500 milhões em capex, incluindo compra de peças sobressalentes e manutenção de motores.

A Santander Corretora manteve recomendação neutra para as ações da Azul, com preço-alvo de R$ 6 para as ações AZUL4.

Segundo a casa, entre os principais riscos para a Azul estão a volatilidade do câmbio e dos preços do combustível de aviação, uma demanda mais fraca por viagens aéreas, deterioração do cenário macroeconômico brasileiro e o agravamento de conflitos globais.

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Guilherme Serrano

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